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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gisele Bündchen falando de meditacao, Osho e Esther Hicks

"O mais importante da vida é ser tu mesmo", falou, mostrando que coloca a vida muito antes da carreira. Confira a entrevista na íntegra:

Acharam suas malas?
Hoje de manhã, graças a Deus. Amanhã vou embora mesmo, não ia adiantar nada, né? Aliás, às vezes me pergunto de que adianta viajar com malas, se eles sempre as perdem. Felizmente tenho a minha irmã e posso usar as roupas dela. Até as roupas chegarem, usei a mesma calça jeans que vim no avião e peguei dois vestidinhos dela.

Como é sua relação com aeroportos? Olha, para falar a verdade, não sou grande fã de aeroporto. Detesto. Mas todo trabalho tem um lado mais pleasant (prazeroso) e outro desagradável. Mas assumo: odeio viajar. Desde que virei modelo, passei a vida toda viajando. Indo, vindo, nunca estando nos lugares.

Recentemente, as tops Luciana Curtis e Marcelle Bittar assumiram que têm aflição de viajar de avião e que recorrem a calmantes para dormir nas viagens. Qual é o seu ritual?
Sempre levo meu próprio cobertor. Faço do avião minha casa. Levo óleo de Aromatherapy - de lavanda, peace and calming - e coloco no travesseiro do avião. As pessoas devem achar que sou maluca, faço minha casinha no avião. Normalmente, janto, leio, ouço meu iPod e durmo até o destino final.

E que outros rituais a Gisele tem, ao acordar, ao sair de casa, no dia-a-dia?
Cada vez tento dar mais espaço a minha vida de, digamos, lazer espiritual. Vivemos num mundo materialista e corremos tanto que é fácil nos esquecermos da gente, sabe? Tu faz, faz, faz e, quando vê, já está te perdendo de ti mesma. Quando acordo de manhã, a primeira coisa que faço é agradecer por estar bem, por estar aqui, viva. Mesmo que seja às cinco horas da manhã, na neve, fotografando pelada. Poderia acordar e dizer, "Pô, estou pelada, com frio, com cólica". Mas não. Agradeço pelo que sou, por trabalhar com o que gosto. E, com isso, apesar de fazer a mesma coisa, ao encará-la com outro astral, mudo a chavinha e fico melhor. Cada um tem a sua chavinha e pode fazer a escolha que quiser. Não importa o que aconteça, sei que tenho o poder de virar essa chavinha e transformá-la em algo positivo. Isso foi uma coisa que eu aprendi muito com a meditação. Quando você medita, sua mente fica muito mais calma, mais tranqüila, usa melhor o tempo. Gostaria de poder viver num estado de meditação. Mas, enquanto não chego lá, tenho meus 15 ou 20 minutos dedicados todo dia a esse momento meditativo. Ioga também é uma coisa que faço sempre que posso. Isso é superimportante para cuidar do corpo e da mente, para ficar sã nessa correria do dia-a-dia.

E você tem algum guru que te ajuda nisso?
Não, guru, não. Tenho uma professora de ioga que é maravilhosa, ensina hata-ioga, que é uma modalidade mais meditativa, que trabalha bastante com a respiração. Aliás, a ioga foi inventada para tu chegar num estado mais meditativo mesmo, mais próximo de abrir teus chakras. Mas ela não chega a ser um guru, é só uma professora. Agora, não sei. Leio muito. Adoro Osho. Já li vários livros dele, achei todos muito bons. Gosto muito também de Alan Kardec. Li o Livro dos espíritos e gostei muito. Estou lendo agora o Ask and it's given - Learning to manifest your desires, de Esther and Jerry Hicks, ainda sem tradução em português. Pega lá na minha bolsa para eu mostrar para ela (aponta para a irmã, Patrícia que está sentada no sofá em frente). Então, leio muito. Adoro ler. A literatura é um presente. O que tu tira dos livros, não está em lugar nenhum.

Você já fez análise?
Nunca fiz. Meus livros são a minha terapia. Cada vez que preciso de uma luz na minha vida, me aparece um livro. Uma amiga me dá, ou eu acho, passeando no aeroporto. E quando eu gosto da mensagem, olha só como é que eu faço (mostra o livro): sublinho as partes mais importantes, para reler sempre. Olha isso, olha (Gisele lê um trecho sublinhado): "O maior presente que você pode dar ao outro é a sua própria felicidade (...) que é verdadeiramente quem você é e quando você está no estado de conexão, qualquer coisa e qualquer um que você está desejando como objeto de atenção beneficia-se disso". Não é lindo isso? Me dá uma força tão grande, sabe? Acredito que a gente vem para cá para aprender e somos todos espíritos, energia. Esses livros que leio só reafirmam isso. Porque de vez em quando, tu vai viver a vida, vai ficando ocupada, louca e tua cabeça fica ocupada, né? E tu perde tua essência. Esses livros me dão uma direção. Uma força maior.

Podemos fazer uma foto sua lendo o livro?
Claro. (A irmã e a assessora de imprensa da Colcci sinalizam que o tempo está acabando). Eu falo muito mesmo.

Quem cuida do seu dinheiro? Como é a Gisele empresária?
Olha, a Gisele empresária tenta de verdade. A Gisele já cometeu muitas falhas nesse sentido e, hoje, quem cuida do dinheiro é o meu financial manager (gerente financeiro). Minha família nunca se envolveu com minha carreira, nem com o meu dinheiro. Sempre foi a minha família, sem misturar os canais. Sou eu e meu financial manager que cuidamos de tudo. A não ser minha irmã que agora, graças a Deus, é minha agente. Mas vou te dizer uma coisa, eu acho um absurdo o que a mídia e as pessoas inventam ao meu respeito. Se eu ganhasse o quanto dizem que eu ganho, já tinha parado de trabalhar. Não saio como dizem que saio, sabe? Leio, fico em casa, passeio com meus cachorros. Não sei por que inventam tanto sobre mim. Talvez seja justamente porque eu não dou pano pra manga que inventem tanto a meu respeito. Sou caseira.

Falando de invenções, é verdade que você passou o réveillon meditando, sem sair de casa?
É verdade, sim. Passei o réveillon quietinha com os amigos. Foi uma experiência legal, porque eu faço dias de silêncio, três ou quatro dias de silêncio absoluto, a cada seis meses.

Como assim? Você fica sem falar nada?
É, aprendi que posso. Eu falo sem parar e a primeira vez que eu fiz dia de silêncio, achei que não fosse conseguir. Mas vou te dizer que eu nunca estive tão em contato comigo. Quando tu fala, tua voz polui teus pensamentos, sabe? Fiz isso há uns meses e foi tão bom que no primeiro dia deste ano fiz isso de novo. Estava em Santa Catarina com amigos e ficamos totalmente em silêncio. Foi sensacional.

Os rumores sobre a síndrome do pânico também foram inventados?
Olha, vou te falar que eu nunca tive síndrome do pânico. O que eu tive que gerou tudo isso foi uma crise de ansiedade, voando para a Espanha, num avião pequenininho, para quatro passageiros, no meio de uma puta tempestade. Foi desesperador e, depois daquilo, passei uns dias com claustrofobia, sem poder ficar em lugar fechado. Fui procurar os médicos e - tu sabe como é nos Estados Unidos, né? - qualquer coisa eles querem te encher de remédio. Daí, pra tu ver como é o poder da mente - pensei "não vou me livrar de um problema para me entupir de remédios e ganhar outro problema". Daí foi que comecei a fazer Ioga novamente, com mais intensidade. Consegui entrar mais em contato comigo mesmo e me curei sem remédios.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entrevista com Deepak Chopra (Marie Claire)

A sabedoria do silêncio


Felicidade, saúde e possibilidades infinitas é o que promete Deepak Chopra, o médico indiano que virou guru nos Estados Unidos. Sua receita é tão fácil quanto fascinante: reserve alguns minutos do dia para ficar em silêncio. Começa aí a mudança de consciência que, segundo ele, pode mudar o mundo. Por Lúcia Cristina de Barros

Deepak Chopra cita Shakespeare e Walt Whitman, o poeta americano. Do primeiro fala que "somos a matéria da qual são feitos os sonhos"; do segundo lembra que "tudo que pertence a você pertence a mim". "Essas não são metáforas, é a realidade", diz. "Nós não somos nosso corpo físico. Esse corpo é o lugar que nossas memórias, sonhos e esperanças chamam de lar por enquanto. Esse corpo não é a matéria sólida que vemos, e sim um rio de informações, que tem em si partículas que já estiveram em outros corpos e no mundo inteiro."

Poesia e prática, filosofia e ciência misturam-se no discurso deste endocrinologista de formação e guru a contra-gosto. De camisa xadrez e calça marrom, chegando do almoço num restaurante no bairro do Itaim, em São Paulo, Chopra é um homem de 1,70 m de altura, com uma barriguinha incômoda para quem faz exercício todo dia e olhos muito escuros, muito vivos. Ele é também um fenômeno: já vendeu mais de 10 milhões de livros em 30 idiomas, e diversificou seu negócio para incluir CDs, vídeos, séries de TV, filmes. Suas idéias lhe rendem cerca de US$ 15 milhões por ano e uma legião de admiradores que vão de Madonna e Demi Moore a executivos de algumas das maiores empresas do mundo, sem falar de políticos e reis.

Estudando a consciência há 20 anos, Chopra, 52, tem uma mensagem tão fácil quanto fascinante: para ele a consciência é responsável pelo mundo físico e quem desperta a sua está no caminho da saúde perfeita e da abundância --tudo o que todo mundo quer. Por isso mesmo 2.500 pessoas lotaram dois teatros em São Paulo, no mês de junho, pagando R$ 200 por convite, para ouvir Chopra, que já tinha vindo ao Brasil há 12 anos, no lançamento de seu primeiro livro. Na primeira palestra ele falou sobre "As Sete Leis Espirituais do Sucesso", seu maior best-seller no país. Na segunda, falou sobre "Intuição na Liderança", definindo as características dos líderes do próximo milênio para centenas de executivos que esqueceram de desligar seus celulares mesmo quando mantras eram entoados. Cada noite rendeu ao autor cerca de US$ 25 mil.

Nascido em Nova Delhi, na India, Deepak Chopra mudou-se para os Estados Unidos nos anos 70, e lá tornou-se um médico bem-sucedido, professor universitário e chefe de equipe do Memorial Hospital de Nova York. A grande virada em sua vida começou nos anos 80, quando descobriu a meditação. Ele parou de fumar e beber, tornou-se discípulo do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi e representante nos Estados Unidos de uma empresa de divulgação e venda de produtos tradicionais (óleos, infusões e ervas) da medicina Ayurveda, a mais antiga do mundo, baseada no relacionamento entre ser humano e natureza.

Sua origem indiana, formação em medicina e sucesso profissional fizeram de Chopra o homem certo para criar uma ponte entre Oriente e Ocidente, divulgando não só a Ayurveda (ciência da vida), mas diversos ensinamentos dos "Vedas", antigas escrituras em sânscrito que datam de mais de cinco mil anos e reúnem a sabedoria indiana sobre todos os campos do conhecimento. O trabalho de Chopra é unir o que há de melhor nessa tradição aos conceitos mais avançados da ciência – tudo explicado em linguagem que faz sentido para o leitor contemporâneo.

Metade do tempo, este homem que não se define (não é autor, nem palestrante, nem mesmo Deepak –-já que, para ele, "definir-se é limitar-se") viaja pelo mundo, dando suas palestras. Não tem frescuras, seguranças ou assistentes. Pega o avião sozinho, desembarca no seu destino, faz o trabalho que tem que fazer --com uma atitude que mistura em doses iguais gentileza e determinação. Ele é simpático com seus admiradores, posa para fotos, autografa livros, abraça e beija novos conhecidos. Mas também deixa bem claro o que está disposto a fazer ou não.

A outra metade do tempo Chopra passa em La Jolla, um lugar maravilhoso na Califórnia, pertinho de San Diego, onde ele vive e dirige seu Center for Well Being (Centro para o Bem-Estar). É onde seus ensinamentos se materializam em cursos e tratamentos como yoga, meditação e desintoxicação (com técnicas que antigamente eram reservadas à realeza indiana). A idéia é cuidar ao mesmo tempo do espírito, da mente e do corpo.

Para quem torce o nariz para esse caldeirão borbulhante de idéias que prometem, no fim das contas, a milagrosa felicidade, Chopra diz apenas, com um sorriso: "Milagre é a palavra que usamos para designar o que ainda não entendemos. E os milagres de hoje são a ciência de amanhã."

Marie Claire - Tudo parece dar certo na sua vida. Quando o senhor exercia a medicina, era um importante endocrinologista. Quando decidiu começar a escrever, seus livros viraram best-sellers e hoje o senhor é uma das figuras mais importantes do que poderíamos chamar de "novo paradigma" na medicina, que é o reconhecimento da conexão mente-corpo. O senhor acha que essa trajetória era seu destino ou nós fazemos o nosso próprio destino?

Deepak Chopra - Acho que são as duas coisas. O que acontece é que uma série de situações, circunstâncias e eventos criaram as oportunidades certas para mim, como podem criar para você. Por outro lado, também coloquei minhas próprias intenções para fazer com que as coisas acontecessem. A verdade é que você está fazendo uma pergunta que os filósofos se fazem há milhares de anos: nós somos produto de um destino pré-determinado ou temos livre-arbítrio? A resposta é: as duas coisas. Quem não tem consciência vive num mundo pré-determinado. Quem tem consciência torna-se alguém que pode escolher e exerce esse poder. Entre esses extremos, então, de quem está totalmente inconsciente e de quem já atingiu a iluminação, há uma mistura de destino e livre-arbítrio atuando nas nossas vidas.

MC - O senhor num determinado momento mudou a sua vida: deixou a prática diária da medicina e se tornou um escritor e palestrante que roda o mundo e tem uma legião de seguidores. Como se deu esse processo?

Chopra - Eu mudei minha vida muitas vezes. A cada dois anos tomo um novo rumo, diferente daquele que eu vinha trilhando. Acredito que a chave para esse processo de mudança é querer deixar o passado para trás e estar confortável diante do desconhecido, do incerto. Caso contrário, podemos fingir que somos livres, mas de fato não somos. Estaremos apenas respondendo às circunstâncias de forma reflexiva. Em geral o que acontece é que as pessoas escolhem uma direção na vida e pronto: é isso. Elas definem quem são e definir-se é limitar-se. Eu nunca tentei me definir: sou um médico, ou sou um escritor, ou sou um palestrante. Esse tipo de categorização não importa. Quando você não se define, pode ser qualquer coisa: você entra no campo das possibilidades infinitas.

MC - Seu trabalho poderia ser incluído na área da auto-ajuda, que vem crescendo muito e é um espaço fértil para charlatães. Como separar o joio do trigo?

Chopra - Não sei se eu diria que desenvolvo um trabalho de auto-ajuda. Talvez você possa chamar assim. Mas eu prefiro os termos auto-realização, transformação, potencial humano. Bem, é verdade que há muitos charlatães trabalhando nessa área, assim como em todas as áreas. A gente tende a imaginar que todo mundo é sério, por exemplo, na medicina. Mas há muitos médicos picaretas, cientistas picaretas. Pessoas desonestas existem em qualquer lugar, em qualquer profissão. Não devemos presumir que na área dos estudos da consciência há mais gente desonesta do que nos meios científicos, ou em administração, ou o que for. Cabe às pessoas fazer escolhas informadas. Se eu digo que um determinado tratamento com ervas medicinais é bom para você, você pode entrar na internet e fazer uma pesquisa sobre o que são aquelas ervas, que estudos existem a respeito de sua eficácia, quais as suas indicações. Assim você pode decidir por sua conta se estou dizendo a verdade ou não. Quando afirmo que a meditação funciona e que há centenas de estudos científicos que provam que sua prática regular traz uma série de benefícios para as pessoas, você pode checar o que eu digo, não precisa simplesmente acreditar em mim. Aliás, não precisa e nem deve simplesmente acreditar em qualquer coisa que seja dita. O consumidor informado, educado, consciente sabe que hoje é possível obter dados sobre absolutamente qualquer assunto. Se você se der ao trabalho de buscar informações, vai encontrá-las. Então quem tem interesse em meditação, técnicas avançadas dessa prática, espiritualidade, deve ir atrás de informações, checar essas informações e fazer escolhas informadas.

MC - Seu nome está cada vez num maior número de produtos. O senhor não tem medo que essa expansão dos seus negócios acabe por transformá-lo numa espécie de fast-food da espiritualidade? Como o senhor mantém controle sobre tudo o que está sendo produzido e que leva a sua marca?

Chopra - A maioria dos produtos que hoje levam o meu nome são livros, fitas de vídeo, cassetes e CDs. Há poucos produtos de ervas e algumas outras coisas. Nesse exato momento minha organização está passando por uma transformação. Estou abrindo mão de todos os demais produtos para me concentrar em escrever meus livros, fazer meus vídeos e gravar meus cassetes e CDs. O resto vou entregar nas mãos de instituições reconhecidas, para que tomem conta de tudo. Ao mesmo tempo, fundei uma organização não lucrativa para poder canalizar os lucros da venda desses produtos para pesquisas e educação. Há sempre uma percepção de que quando alguém se torna popular, e hoje eu sou popular, todo o trabalho daquela pessoa é puramente moda, é aquilo que você está chamando de fast-food. Só que no meu caso não é. Meu trabalho é autêntico e não posso fazer nada se cada vez mais pessoas percebem isso e gostam disso.

MC - Uma crítica comum ao seu trabalho é que o senhor pega a sabedoria milenar indiana e transforma em pílulas para o consumo rápido do Ocidente.

Chopra - Na verdade, o que faço é interpretar de forma contemporânea o antigo conhecimento indiano. Porque se você for até a fonte, ou seja, se resolver estudar as antigas escrituras indianas, vai descobrir que há muita superstição, muita bobagem, muita porcaria ali, infelizmente. Assim, é preciso ser seletivo. Só porque alguma coisa é antiga, não quer dizer que seja boa. Muita gente faz essa confusão: acha que tudo que é antigo é sábio. Essa postura presume que nossos ancestrais sabiam mais do que nós sabemos hoje, e isso é falso. Nós temos a vantagem de saber o que eles sabiam e muito mais, graças ao que pudemos aprender através da ciência e da tecnologia. O que faço é, primeiramente, ser seletivo em relação à antiga sabedoria. Eu não tenho uma fé cega na milenar sabedoria indiana. Também não tenho uma fé cega num glorioso passado indiano, nem nas escrituras védicas, nem na espiritualidade do povo indiano. Muito disso tudo é exagerado, especialmente pelos próprios indianos – que são, aliás, um dos povos mais superficiais do mundo. Os indianos posam de grandes espiritualistas quando são materialistas ferrenhos, preocupados sobretudo em copiar o Ocidente.

MC - Então por que essa fama de que eles são tão espiritualizados?

Chopra - Nós tendemos a avaliar uma civilização ou uma cultura por seus luminares. Se pensamos na Grécia Antiga, por exemplo, o que nos vem à mente é Pitágoras, Sócrates, Aristóteles, Platão… Pensamos: ‘Uau! Que grande civilização!’ Mas, na verdade, os gregos naquela época eram na sua maioria bárbaros: sexistas, escravagistas, jogavam as pessoas com defeitos físicos aos leões. Essa era a Grécia. O mesmo é verdade da antiga civilização indiana. Há alguns poucos luminares, como o poeta Rabindranath Tagore ou Mahatma Gandhi. Você olha para os grandes homens e diz: puxa, a India era uma maravilha. Mas nem tudo na India era uma maravilha. Não vamos fingir que tudo que existia na India poderia ser aprovado sem reservas. É preciso ser seletivo. Antigo e eterno são conceitos diferentes. Algumas coisas antigas podem servir ou não para os dias de hoje. Já o que é eterno é válido sempre, a qualquer tempo. Meu trabalho é selecionar o que é eterno e explicar de forma lógica. Se eu não puder explicar de forma científica, lógica, eu não incorporo ao meu trabalho.

MC - A saúde perfeita é possível?

Chopra - Eu acredito que a saúde perfeita é o estado natural de todos os seres humanos.

MC - Mas do que a gente morreria se nunca adoecesse?

Chopra - A gente morreria, provavelmente, de tédio. (rindo)

MC - Mas e se a gente estivesse se divertindo?

Chopra – Aí, provavelmente, viveríamos por muito, muito tempo. Esta é uma questão absolutamente fascinante. Se olharmos para um grupo de pessoas idosas, digamos com mais de 100 anos, algumas delas terão artrite, mas nem todas; algumas terão doenças coronárias; mas nem todas; outras terão câncer, mas nem todas. O que você coloca, portanto, é que quando as pessoas envelhecem elas têm mais chances de apresentar doenças. Mas o fato de que algumas pessoas idosas adoecem e outras não significa que, apesar de certas doenças serem mais comuns entre os idosos, elas não são obrigatórias. Este é um insight interessante, que outras pessoas já notaram: envelhecer não significa que você tem que, necessariamente, adoecer. Mas aí vem o problema: do que nós morreríamos? Bem, com os conhecimentos científicos disponíveis hoje, acredita-se que o ser humano tem um relógio biológico com um limite que estaria, atualmente, por volta de 120, 121 anos. A teoria é que, basicamente, quando o relógio atinge essa idade a pessoa morre. Se isso é verdade ou não, ainda precisa ser verificado. Pessoalmente, acredito que viver para sempre acabaria por nos condenar ao tédio e à senilidade eternos. Quando nós percebemos de verdade quem somos, queremos sempre ter uma experiência nova de vida. Se eu compro um Jaguar hoje, posso achar que é um belo carro, mas daqui a alguns anos vou querer uma Ferrari, e depois vai ser qualquer outra coisa. O ser humano é assim: se cansa das coisas.

MC - Por falar nisso, é verdade que o senhor coleciona carros de luxo?

Chopra - Não. Fiz isso há vinte anos. Eu tinha uma coleção de Jaguares, que fui dando ao longo do tempo. Hoje em dia não dirijo, caminho. Não tenho sequer a carteira de motorista. Onde eu vivo, em La Jolla, na Califórnia, não é preciso dirigir para se locomer. A maior parte do tempo eu ando. E quando estou viajando, alguém dirige para mim, ou tomo um ônibus, ou um trem. Não estou mais preocupado com esse tipo de coisa.

MC - Voltando à questão da saúde. Quando o senhor fica doente, a que tipo de tratamento recorre?

Chopra - Eu nunca fiquei doente.

MC - Como assim? Desde quando?

Chopra - Desde que eu me lembre.

MC - O senhor está brincando. Nem um resfriado?

Chopra - Nem um resfriado, não que eu me lembre. Ninguém na minha família fica doente. Esse é um conceito estranho para nós. Meus filhos nunca tiveram nenhum problema de saúde. Acho que é porque somos uma família saudável. Meu pai está com 80 anos e ainda trabalha diariamente, atendendo seus pacientes. Ele é cardiologista e trabalha 12 horas por dia, não pára nunca. Quer dizer, hoje, claro, ele também acha tempo para meditar e medita todos os dias, graças a mim. Mas somos uma família de fato interessante, ninguém adoece. Meu avô, aliás, morreu de contentamento. Ele tinha um grande orgulho das conquistas do meu pai, que tinha se formado cardiologista. Um dia ele recebeu um telegrama avisando que meu pai tinha se tornado membro do Royal College of Physicians, na Inglaterra. Ele ficou tão feliz que acabou morrendo. Foi mesmo uma morte por alegria.

MC - O senhor às vezes fica estressado? Tem alguma coisa que o deixa estressado?

Chopra - Não, eu não fico estressado. Às vezes eu fico bravo, e claro que você poderia dar a esse sentimento outros nomes, se quisesse. Mas o fato é que quando me aborreço demonstro minha raiva por cinco minutos e pronto, acabou. E é muito difícil que eu fique realmente chateado. As coisas simplesmente não me incomodam.

MC - E antigamente, o que tinha a capacidade de estressá-lo?

Chopra - Receber críticas. Mas não mais. Aliás, outra coisa: o tráfego de São Paulo. Mas agora nem esse trânsito que vocês têm aqui me incomoda mais. De verdade.

MC - E qualquer pessoa pode chegar a essa tranquilidade e enfrentar o trânsito de São Paulo sem estresse?

Chopra - Sim, qualquer pessoa. O que acontece é que depois de algum tempo a gente percebe que está fazendo tempestade em copo d’água. Tudo é levado tão a sério, tudo vira um drama, uma novela. A vida não precisa ser assim. Depende de como você encara.

MC - Quais suas melhores qualidades?

Chopra - Eu sou divertido. Meus dois filhos podem confirmar isso. Nós nos divertimos muito juntos. Também acho que escrevo bem e sou um bom orador, um comunicador competente.

MC - O que o senhor costuma fazer com seus filhos para se divertir?

Chopra - Nós escalamos montanhas, mergulhamos, pulamos de pára-quedas... Adoramos esportes e praticamos em qualquer lugar do mundo. Podemos fazer mergulho no Caribe, esquiar na Europa, escalar uma montanha na Califórnia. O importante é que gostamos muito de atividades ao ar livre e sempre que estamos juntos fazemos alguma coisa assim.

MC - E isso acontece com frequência? Parece que o senhor passa a maior parte do tempo viajando.

Chopra - Eu diria que passo metade do meu tempo viajando. E minha intenção é parar com as viagens em dois anos. Mas isso ainda está no futuro, vamos ver o que acontece. Mesmo viajando bastante, porém, tenho tempo para minha família. Muitas vezes eles viajam comigo, se estou indo a algum lugar interessante. Se vou a Detroit, eles não vão junto. Mas se vou ao Havaí, aí vai a família toda.

MC - O senhor pode falar um pouco sobre sua família? O que fazem os seus filhos?

Chopra - Meu filho, Gautama ou Gotham, tem 24 anos, é escritor de ficção e também assina quadrinhos. Ele acaba de terminar uma série de quadrinhos de grande sucesso, "Bullet Proof Monk" (Monge à Prova de Balas), que mistura artes marciais e espiritualidade e será transformada em filme. Ele também apresenta um programa de TV especial, sobre espiritualidade, que é assistido diariamente por 10 milhões de crianças. Ele é um cara muito popular. Quando terminou a faculdade, no ano passado, se mudou para Los Angeles e agora está preparando dois romances. Minha filha, Mallika, tem 26 anos e está fazendo mestrado em Chicago. Ela estuda entretenimento e espiritualidade e pretende pegar meu trabalho e transformá-lo em algo mais acessível para um público mais jovem. Meus dois filhos meditam desde os 4 anos de idade.

MC - Mas no seu livro "As Sete Leis Espirituais para os Pais" o senhor não recomenda que as crianças só sejam introduzidas na prática da meditação a partir dos 6 ou 7 anos?

Chopra - Mas eu quebrei as regras. (rindo)

MC - Ok, o senhor pode. Bom, e sobre sua mulher?

Chopra - Minha mulher e eu somos casados há… meu Deus, faz tanto tempo… Quanto tempo? Ah, 28 anos. Nós temos uma relação maravilhosa porque é baseada na mais completa aceitação e confiança. Eu aceito e confio na minha mulher 1000% e ela me aceita e confia em mim. Por isso é uma relação muito bonita. Nós crescemos juntos ao longo de todos esses anos. Ela ajuda no Chopra Center for Well-Being tomando conta da decoração e escolhendo as obras de arte, que são muitas. Sempre que viajo fico prestando atenção em quadros, esculturas, qualquer coisa que eu ache que a Rita possa gostar. Ela coleciona arte – não necessariamente de artistas famosos, mas qualquer obra que a emocione.

MC - Há alguma coisa que o senhor gostaria de mudar na sua personalidade -- ou já mudou tudo o que queria?

Chopra - Já mudei o que me incomodava. Eu era muito intolerante, e não só com relação a críticas. Eu era intolerante com as pessoas em geral, com a demora de as pessoas entenderem as coisas. Era muito impaciente. Mas, ao longo dos últimos anos, alterei essas qualidades.

MC - Como é um dia típico na sua vida?

Chopra - Num dia típico eu levanto às quatro da manhã, medito por cerca de uma hora e meia a duas horas, e então vou fazer ginástica. Eu construí uma academia em casa e tenho um treinador que vem às 6h. Faço aula de tudo que você possa imaginar: bicicleta, yoga, boxe. O treinamento vai até as 7h30. Mesmo quando viajo não deixo de fazer exercícios. Hoje mesmo usei a academia do hotel. Depois, sento para escrever por duas horas, até as 9h30. O resto do dia faço o que as pessoas me mandam fazer. (risos) Até as 9h30 é meu tempo sagrado. Depois das 9h30 é o tempo de todo mundo, de quem quiser o meu tempo. Às 16h dou uma parada novamente.

MC - Nas suas palestras e nos seus livros o senhor cita muita poesia. Ler poesia é um hobby seu? E o senhor também escreve poemas?

Chopra - Eu escrevo poesia e já publiquei dois livros: um de poemas meus e outro com traduções originais de Rumi [poeta místico do Islã do século XIII]. Também coloquei música nos poemas dele e convidei algumas grandes vozes para declamá-los num CD: gente como Madonna, Demi Moore e outros grandes artistas e filósofos. Esse CD está fazendo um enorme sucesso, aliás. Estou preparando uma nova tradução, desta vez sobre os sentidos da morte na poesia de Rabindranath Tagore [poeta e filósofo indiano, ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1913]. Além de poemas, escrevo romances. Já escrevi três histórias, sendo que uma delas, "The Lords of the Night" (Os Senhores da Noite), acabou de sair nos Estados Unidos, foi publicada na semana passada. É um romance baseado na Cabala, o tema é a religião. Conta a história de um falso profeta que aparece em Jerusalém mas que, na verdade, é o diabo. Então ele tem que ser mandado de volta para o inferno. Esse livro vai virar filme.

MC - O senhor é religioso?

Chopra - Não. Acredito que Deus nos deu a Verdade e aí veio o Diabo e disse: vamos organizar essa sabedoria, e é a isso que chamamos religião. Se você analisa as religiões, o que está em jogo é sempre poder, controle, dogma, ideologia, julgamento, punição. Deus é sempre um pai disfuncional em todas as religiões. A relação dos fiéis com o Deus das religiões é aquela de uma criança com um pai disfuncional, em vez de um pai amoroso. Mas Deus é puro amor.

MC - Alguns de seus últimos livros parecem apenas reciclar o que o senhor já havia dito em obras anteriores. O senhor ainda tem tempo para estudar?

Chopra - Eu estudo muito e sempre. A cada três meses, por exemplo, tiro uma semana para ficar em silêncio. Nesse período não tenho contato com ninguém. Meus assistentes acham o lugar certo, que pode ser em qualquer parte do mundo, desde que atenda a esse requisito de ser totalmente isolado. Já estive numa floresta na Costa Rica, no deserto da Califórnia, nos canyons em Utah. Meu próximo retiro será na Louisiania, quando este tour acabar. Fico lá sem relógio, telefone, fax, celular, nenhum contato humano. Alguém me deixa lá e volta para me buscar em seis ou sete dias. Um tempo de estudo, reflexão e silêncio.

MC - Um dos seus livros cita que o luxo seria a condição natural do ser humano…

Chopra - O luxo, não. A abundância. Não sei como está a tradução, mas o conceito é abundância. Essas são coisas diferentes. Eu acredito que a abundância é o estado natural do ser humano, é um estado de consciência em que você não se preocupa com nada.

MC - Como assim? O universo provê?

Chopra - Claro, mas o universo é você.

MC - Mas então você tem que ir lá e fazer as coisas acontecerem, e vai acabar se preocupando. Dá na mesma.

Chopra - O que você tem que fazer é perceber qual a fonte das coisas, de onde elas vêm. As pessoas me perguntam: de onde vai vir o dinheiro no fim do mês? Eu respondo: onde ele está no momento. O que é o dinheiro? Nós podemos simplesmente imprimir papel colorido e usá-lo como dinheiro? Não. Então de onde vem o dinheiro? Um amigo meu que trabalha com a Internet fez US$ 1,4 bilhão em um dia. Eu perguntei a ele: de onde vem todo esse dinheiro? Vem da consciência. O dinheiro é um símbolo, só isso. O dinheiro é um símbolo daquilo que consideramos útil e valioso – em outras palavras, é energia. Se a sociedade diz: bom, nós queremos ver filmes pornográficos, tem dinheiro nesse negócio. Porque é isso o que a sociedade está considerando que tem valor. Ou a sociedade diz: queremos fumar. Pronto: tem dinheiro aí. O dinheiro é uma forma de simbolizar o que a sociedade valoriza.

MC - E isso muda ao longo do tempo.

Chopra - Com certeza. E para saber onde está o dinheiro é muito interessante olhar para o passado, ver quais as fontes históricas de riqueza. Quando éramos caçadores e colhedores, o que não faz assim tanto tempo, tínhamos duas reações possíveis frente aos animais: lutar ou fugir. Diante dessa realidade, a origem da riqueza era qualquer coisa que pudesse matar, qualquer instrumento que facilitasse a caça: como o arco, a flecha e a lança. Muitos de nós ainda hoje somos caçadores, e para esses a fonte de riqueza são as armas. Depois, quando nos tornamos uma sociedade agrícola, o que passou a ter valor foram os produtos agrícolas e também os animais, porque você precisava ter vacas, galinhas, porcos. Os bichos eram parte daquele universo, assim como a terra. Já na era industrial, a fonte de riqueza eram as máquinas. Mas de que são feitas as máquinas? De aço, ferro, cobre. Então os recursos naturais passaram a ter valor. Agora estamos além desse modelo, numa sociedade pós-industrial. Qual a origem da riqueza hoje? Informação. Os países mais ricos do mundo são aqueles que produzem chips de silicone, que não são mais do que poeira com a capacidade de armazenar informação. Nesse exato momento estamos passando da era da informação para a era da consciência e a fonte de riquezas será a inteligência. Portanto, quem quiser ganhar dinheiro daqui para a frente deve parar de produzir cigarros e pornografia e começar a vender sabedoria. É melhor começar a pensar em riqueza como sinônimo de consciência. A idéia é que se você é capaz de dar, se é capaz de alimentar relacionamentos, isso alimenta seu diálogo interno, sua consciência. E fica claro que os relacionamentos são a coisa mais importante.

MC - O senhor é feliz?

Chopra - Sou um homem feliz, sim, mas não totalmente realizado. Uma parte de mim permanece em busca e espero que isso não mude nunca. Caso contrário vou morrer de tédio, como dizíamos antes.

MC - O que importa na sua vida hoje?

Chopra - Paz, harmonia, riso e amor. Esses não são conceitos abstratos, são realidade.

MC - E quais os seus próximos objetivos?

Chopra - No momento, estou trabalhando para estabelecer duas instituições não-lucrativas que serão centros de ensino da consciência para quem não pode pagar por esse conhecimento. Sei que muitas pessoas gostariam de fazer os cursos que oferemos no Centro em La Jolla, por exemplo, mas acham caro, elas têm que usar o dinheiro para pagar o aluguel. A idéia é levantar fundos com quem tem para financiar os estudos de quem não poderia pagar de outra maneira. Acredito que há duas formas de caridade: numa, você dá dinheiro para ajudar aqueles que não têm; em outra, você cria condições para que as pessoas se tornem independentes. A única caridade válida é aquela que faz com que as pessoas não voltem a precisar de caridade no futuro. É por isso que quero estabelecer instituições que ensinem às pessoas os princípios do auto-conhecimento, da criatividade e da intuição. Esse é o meu objetivo pelos próximos dois anos e tenho trabalhado muito por isso. Uma instituição será nos Estados Unidos e a outra na Europa, numa ilha grega.

MC - Por que uma ilha grega?

Chopra - Porque estive lá, comentei que era um lugar maravilhoso e me disseram que se eu quisesse criar lá uma instituição educacional, eu receberia a terra de graça. Então foi assim que tudo isso começou. E eu dedico a esse projeto o meu tempo, a minha energia, condições e dinheiro para que essa idéia se torne realidade. Além disso, tenho mais livros a caminho, alguns filmes, uma série de documentários em mitologia. Há muita coisa muito legal por vir.

MC - O senhor fala muito no conceito de "dharma", que poderíamos explicar como o caminho natural de cada pessoa, aquele que traz mais felicidade e crescimento. Como descobrir nosso dharma?

Chopra - Perguntando a si mesmo: se eu tivesse todo o tempo do mundo e todo o dinheiro do mundo, o que eu faria? Esse é o seu dharma, e uma vez que você o encontra, uma vez que você se coloca no seu caminho, nada pode detê-lo.

MC - E até para ajudar nessa descoberta do dharma, qual sua recomendação para as pessoas que estão em busca de mais felicidade?

Chopra - Ache tempo para explorar-se a si próprio. Torne-se inocente, brincalhão, sinta-se confortável diante do desconhecido.

MC - Mas como se faz isso?

Chopra - É simples. Em inglês nós dizemos: "take it easy". Relaxe, pegue leve. Para que tanta excitação, nervosismo, ansiedade? Para que tanto barulho?

MC - Sim, e como conseguimos essa atitude? Você simplesmente resolve que daqui para frente não vai fazer tanto barulho por nada?

Chopra - Exatamente. Você resolve e muda sua atitude. É assim. Claro, existem técnicas que ajudam nesse processo. Mas se você não estiver pronto para a técnica, não vai dominá-la. Basicamente são técnicas que libertam o ser humano. A meditação é uma delas.

O mundo de Chopra

- Medicina: "Não temos um corpo e uma mente, mas um ‘corpomente’, uma teia de inteligência sem costuras que expressa cada fagulha de intuição, cada alteração na configuração dos aminoácidos, cada vibração dos elétrons. Nosso corpo não é uma máquina porque é inteligente. Acho que essa é a descoberta mais importante da medicina no século 20." (Conexão Saúde)

- Saúde: "Sua saúde é a soma de todos os impulsos, positivos e negativos, que emanam de sua consciência. Você é aquilo que pensa." (Conexão Saúde)

- Cura: "Temos uma farmácia dentro de nós, extremamente requintada. Ela fabrica o remédio adequado, na hora certa, para o órgão preciso – sem efeitos colaterais." (O Caminho da Cura)

- Alimentação: "O vegetarianismo é a opção mais saudável. Se sua dieta incluir pequenas quantidades de ovos, frango e peixe você terá os mesmos benefícios que os vegetarianos rígidos. O corpo humano se mantém mais saudável quando a ingestão de gordura e proteína animal é pequena ou nula." (Conexão Saúde)

- Ritmo: "Os indivíduos realmente saudáveis e bem-sucedidos são aqueles que aprenderam cedo a ter uma boa noite de sono, a tirar uma parte do dia para descansar, a comer em paz, a levantar com o sol e ir para a cama cedo. O universo é nosso verdadeiro relógio." (Conexão Saúde)

- Realidade: "A realidade é construída na mente. Sem nossa percepção, pensamentos e experiências a realidade não tem valor. A forma, o tamanho, a aparência ou qualquer outro atributo de qualquer objeto são qualidades puramente subjetivas. Nós criamos a realidade." (Conexão Saúde)

- Oração: "Uma oração é um pedido feito por uma pequena parte de Deus a uma parte grande de Deus." (O Caminho para o Amor)

- Guerras: "As guerras são a manifestação de um tipo de perturbação na consciência coletiva chamado estresse. Se não concordássemos com as guerras, elas não existiriam. Tudo o que achamos horrível se transformou em realidade com a nossa concordância." (Conexão Saúde)

- Sucesso: "Quanto mais sintonizados estivermos, mais desfrutaremos da abundância do universo, que foi organizado para satisfazer nossos desejos e aspirações. Só sofremos e nos debatemos quando estamos num estado de desconexão. A intenção divina é que cada ser humano desfrute de sucesso ilimitado. Por conseguinte, o sucesso é natural." (As Sete Leis Espirituais para os Pais)

- Meditação: "Através da meditação podemos retirar a consciência do caos interno e externo (…) e transportá-la para o estado de tranquilidade e silêncio característicos da alma e do espírito. Com prática e dedicação, é possível alcançar o imenso conhecimento e desvendar as verdades definitivas da natureza." (Conexão Saúde)

- Vida: "A vida humana é o campo de todas as possibilidades. Todo homem traz dentro de si o embrião de Deus. E ele tem apenas um desejo. Quer nascer." (Conexão Saúde)

- Eu: "Você não precisa fazer nada para encontrar o Eu – você precisa parar de fazer alguma coisa." (O Caminho da Cura)

- Desapego: "O amor mais puro situa-se onde é menos esperado – no desapego." (O Caminho do Mago)



CHOPRA E O AMOR

"A maioria de nós sai à procura do amor levado por duas forças psicológicas poderosas; a fantasia do romance ideal e um medo de que não o encontremos e nunca sejamos amados. Esses dois impulsos são auto-sabotadores, embora de maneiras diferentes. Se você levar consigo uma fantasia idealizada de como deveria ser o amor, vai perder a coisa real quando ela cruzar o seu caminho. O amor real começa com interações cotidianas que possuem a semente da promessa, não com o êxtase total."

"Quando você se apaixona, se apaixona por um espelho de suas necessidades mais atuais."

"Você descobre o caminho não pensando, sentindo ou fazendo, mas se entregando."

"O medo do compromisso reflete a crença de que o espírito é inalcançável. Desse modo, não há esperança de alcançar o amor."

"A união sexual imita a criação divina. O que você expressa através de sua paixão é o amor de Deus por Deus."

"A energia nascida do amor é criativa – renova tudo que toca."

"Qualquer desejo de crescer está seguindo o fluxo do amor."

"O amor é o início da jornada, o seu fim e a própria jornada."

"Os mestres espirituais nos dizem que o estado de iluminação – que é totalmente livre, extático e ilimitado -- é vislumbrado de perto no orgasmo; pelo menos, é este o seu potencial."

"Por que o sexo é tão poderoso? Porque estamos constantemente buscando o estado do êxtase original."

Passagens extraídas do livro "O Caminho Para O Amor"

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Luz Branca e o Processo de Limpeza Interior

O cristalino é a própria luz. Contém e reflete todas as cores e por isso encerra infinitas possibilidades de cura. Esta cor nos dá a capacidade de defrontarmos o problema quer queiramos ou não. Por outro lado, demonstra a nossa disposição de encarar os mesmos e não de escondê-los. Para ilustrar o que para mim seria o processo terapêutico do cristalino (branco transparente) contarei uma história.

Imaginemos um sótão escuro e abandonado. A partir do momento em que se resolve visitá-lo muitas situações podem ocorrer. Primeiramente, para que possamos ver o que está lá dentro, temos que acender a LUZ. Uma vez que isso tenha ocorrido, que a luz tenha penetrado neste aposento, o cenário poderá ser bastante incômodo, desagradável, e até mesmo tenhamos vontade de fugir de lá. Podemos constatar muita sujeira, teias de aranha, pequenos animais peçonhentos habitando ali e odores desagradáveis. Pode ser que tenhamos impressão de que jamais poderemos arrumar aquele sótão, pois de tão imundo que está não sabemos por onde começar.

Mas uma vez que tenhamos decidido positivamente nos damos conta de que este processo envolve várias etapas como: a retirada do pó, dos objetos que não mais queremos ou precisamos, de termos coragem de matar aqueles animaizinhos que foram criados ali, embora tenhamos medo... E depois desta limpeza, começamos então a fazer a reforma.

Resolvemos que aquele aposento, esquecido no fundo da casa, não será mais um depósito de bugigangas. Decidimos transformá-lo em um cômodo útil, por exemplo, um escritório. Pintamos as paredes de cores mais vivas, colocamos poucos móveis e objetos que nos serão úteis, e cuidamos para que o aposento esteja sempre iluminado e, principalmente, limpo. Depois desta mudança, verificamos que o resultado foi muito satisfatório e, apesar do trabalho que tivemos, a reforma era realmente necessária.

Creio que este processo de limpeza é análogo ao processo do cristalino quando é escolhido em um desafio. O sótão escuro e abandonado poderá ser comparado ao nosso subconsciente cheio de programações e condicionamentos devido ao acúmulo de experiências desde a mais tenra infância, nem sempre emocionalmente agradáveis. Também pode ser o nosso próprio corpo como depósito destas experiências passadas, precisando de uma limpeza, uma desintoxicação completa.

Pelo fato de não lembrarmos destas experiências e de não termos consciência de nossos condicionamentos, bloqueios vão se formando em todos nos níveis, isto é, no emocional, mental e até mesmo no físico, que se manifestam sob a forma de doenças e desequilíbrios.

A decisão de fazermos uma auto-análise profunda nem sempre é fácil, - pois nem sempre temos consciência de nossa escuridão e estagnação interior - e, obviamente, envolve muitos medos tanto pelo fato de não sabermos por onde começar, quanto por não sabermos o que viremos a descobrir, e de como este processo de autodescoberta se desenvolverá.

Mas uma vez que comecemos a jogar a luz da consciência sobre estes problemas constatamos aos poucos as razões destes bloqueios: fatos passados que esquecemos, ou que achamos que tínhamos superado, ou que fizemos questão de esquecer, e que nos bloquearam emocionalmente condicionando nossos comportamentos autodestrutivos e autosabotadores. Fatos e experiências desagradáveis à nossa alma, mas que ao invés de jogarmos fora preferimos reter. É o que podemos chamar de mágoas passadas, para resumir.

O processo de limpeza em si não é muito simples e muitas das vezes pode ampliar o problema e com isso a própria dor, e podemos ter vontade de desistir. Mas se seguimos em frente, pouco a pouco, temos a possibilidade de fazer uma mudança profunda e com isso de darmos espaço para o nascimento de um novo ser livre das "bugigangas" e objetos inúteis e obsoletos do passado que são nosso "lixo" emocional. No final, estaremos mais conscientes de nossas limitações e necessidades e, portanto, teremos mais ferramentas para que a cura se realize em todos os níveis.

Com a luz do cristalino, temos a oportunidade de nos sentirmos mais leves, mais "coloridos", mais vivos e completos; de nos olharmos no espelho e reconhecermos nossa verdadeira essência refletida, e não apenas uma projeção daquilo que gostaríamos de ser. Ele traz a clareza necessária para que encontremos a raiz do problema e que este seja eliminado para que possamos expressar o nosso ser em sua totalidade. Enfim, dentro do cristalino temos uma infinidade de possibilidades! E uma vez que tenhamos operado uma reforma profunda dentro de nosso ser renascemos com mais luz e com a capacidade de vibrarmos positivamente todas as energias das cores (que são as qualidades de nossa alma) de forma fluente e harmoniosa.

O cristalino é como um espelho onde podemos enxergar nossa essência refletida, mas também pode ser comparado a um mar de lágrimas quando guardamos a dor e a mágoa ao invés de tentarmos superá-las e nos desapegarmos delas. Enquanto não as enxugamos não podemos enxergar o ser arco-íris que somos e que é pura Luz cristalina (!).

Paz e Luz

Texto revisado por: Cris




por Daniele Alvim - contato@danielealvim.com.br

A energia das cores

A energia das cores

Para dar vida à casa, nada melhor do que se valer do uso das cores. Confira como elas podem influenciar na harmonia do lar, no seu dia-a-dia e até no humor.


Por: Redação Clube Vida Moderna

A maneira como decoramos um ambiente é reflexo de nossa personalidade e humor. É nas mudanças em nosso lar que expressamos um pouco de nossos sentimentos. E elas são sempre bem-vindas, principalmente as que podemos escolher e prepará-las com nossas próprias mãos.

O mais importante é que o resultado torne o ambiente acolhedor e com boas energias.

Um lugar para chamar de seu

A cor é fundamental para manter o equilíbrio da casa. Cada uma delas provoca reações diferentes. Elas são divididas em cores quentes (amarela, laranja, vermelha) e frias (azul, verde, violeta), umas mais leves, outras mais pesadas, calmantes e excitantes, transmitindo sensação de alívio ou de opressão. Por isso, cuidado com a sua escolha. Tudo dependerá da iluminação e do tamanho da casa.

Uma boa dica é partir de uma cor base e, por aí, descobrir tons semelhantes e texturas que combinem com os objetos, móveis e cortinas.

As cores e os significados

São três as cores conhecidas como primárias: vermelha, azul e amarela. No geral são mais ricas e intensas. Já as secundárias, laranja, verde e violeta, são mais ambíguas e tênues.
As cores vivas animam os ambientes tristes e sóbrios. As escuras equilibram o ambiente mais iluminado.

Vermelha

É uma cor intensa, cheia de emoções. Sugere motivação, entusiasmo. É a cor da paixão, da sensualidade e dos impulsos. Cultiva a intimidade, por isso é excelente para quartos de casal. Por ser quente, é ideal para lugares como sala de estar, sala de TV, e até sala de jantar. Não é recomendado em banheiros, lavabos e cozinha, pois pode causar desequilíbrio. Nos quartos, pode ser mesclada com objetos de outras tonalidades neutras.

Laranja

Laranja é uma cor recheada de significados, tanto em culturas orientais como ocidentais. Flores de laranjeira simbolizam fertilidade. É expressiva e afirmativa. E ainda transmite bênçãos da vida: saúde, vitalidade, criatividade, alegria, confiança, coragem e atitudes positivas. É a cor das pessoas que crêem que tudo é possível. Utilizada junto ao azul gera força.

Ela segue as recomendações da vermelha com restrição ao uso nos quartos.

Amarela

Cor que se assemelha ao Sol e, portanto, tem poder. Amarelo é a cor da esperança, jovialidade e alegria. É compreensiva e inspiradora. Essa cor favorece a capacidade de decisão. É utilizada em áreas de acesso, salas sociais e quartos de estudo. Recomendada para climas frios, pois gera calor. Evitar em quartos e banheiros.

Verde

A verde nos aproxima da natureza. Há crenças de que ela ajuda a curar. Essa cor transmite energia, equilíbrio, generosidade e cooperação. Atenua as emoções, facilita o raciocínio correto e amplia a consciência e compreensão. Transmite segurança e proteção. Ideal para ambientes propícios a tomada de decisões. A cor verde pode ser utilizada em qualquer ambiente. Em banheiros é aconselhável detalhes como toalhas, tapetes e acessórios.

Azul

A azul é inspiradora. Lembra o céu, o mar, as coisas belas da natureza. Transmite paz, confiança, admiração. É uma cor tranqüilizante. Estimula pensamentos claros. É a única cor que tem o poder de desintegrar energias negativas. A azul deve ser usada em ambientes que visem descanso e tranqüilidade, como salas de meditação e quartos. Não deve ser usada em salas de TV, de estar e jantar, pois essa cor não facilita a interação e comunicação entre as pessoas.

Violeta

É o resultado da mistura entre azul e vermelho. Proporciona tons vibrantes e tons suaves também. É a cor símbolo da nobreza. Reflete dignidade e respeito próprio. A violeta representa mistério, expressa individualidade e personalidade. Estimula a espiritualidade e a meditação. Possui grande influência nas emoções e humor. Não se aconselha usar violeta no ambiente inteiro. Em excesso, pode trazer depressão e ansiedade. Tons azulados dessa cor são ideais para meditação.


Branca e neutras

Tonalidades vindas da cor branca e de cores neutras são elegantes. É o elemento chave para uma composição de cores. Ficam bem com qualquer cor. A branca transmite reflexão total e pode ser usada com liberdade em qualquer cômodo. É purificadora, mas deve-se tomar cuidado, pois um ambiente totalmente branco transmite tédio. As neutras criam ambientes sofisticados e aconchegantes. Objetos decorativos ganham destaque.


Júnia Fongaro - Design de Interiores

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Feng Shui Tradicional

Satsang . Satyaprem - Você não nasce, não renasce, nem morre

A verdade

A minha verdade nao necessariamente é a sua verdade...Tudo depende da ótica de quem observa...O importante é que a sua verdade funcione pra sua vida...Assim como a minha tem funcionado pra mim... - Marla Bork

domingo, 11 de abril de 2010

Escolha o incenso adequado para cada objetivo - Franco Guizzetti

Para atrair:
Alegria e felicidade - pitanga, limão, maçã, mirra e erva cidreira
Prosperidade e riqueza: âmbar, canela, benjoim, mirra, noz moscada, verbera
Meditação e espiritualidade - alfazema, lírio, mirra, sândalo, acácia, flor de lótus
Limpeza energética - alecrim, arruda, beijoim, cânfora, cedro, eucalipto, mirra, verbera
Paz, calma e equilíbrio - camomila, alecrim, alfazema, arruda, citronela, erva doce, eucalipto, flor de laranjeira, flor de lótus, lírio, maçã, rosas, sândalo, violeta. jasmim
Amor e romance - alfazema, almíscar, camomila, erva doce, dama da noite, jasmim, noz moscada, patchouly, rosas, verbera
Afrodisíaco, sexualidade e sensualidade: almíscar, dama da noite, jasmim, rosa, patchouly, orquídea
Sucesso - erva cidreira, almíscar e canela.

Incensos e Essências Aromáticas
Acácia - ótimo incenso para uso nos locais de trabalho e negócios, pois acalma a mente
Madeira - muito usado para desatar "nós" ou abrir caminhos Rosa - usado para atrair amor ou ativar o relacionamento afetivo e acalmar
Amêndoa - usado para limpeza energética de ambientes
Alecrim - usado para limpeza de ambientes
Ópio - ótimo incenso para energizar objetos e ambientes
Almíscar - potente incenso para ascender ou inflamar as relações amorosas
Jasmim - muito usado para criar uma atmosfera amorosa e romântica
Benjoim - pode ser usado para proteger os ambientes e atrair sucesso
Lótus - incenso da paz
Patchuli - para quem quer grandes paixões
Sândalo - muito usado para quem quer meditar ou orar
Mirra - usado para limpezas energéticas
Flor de laranjeira - ótimo calmante quando se sente o ambientenervoso
Mil-flores - usado contra o olho gordo e a inveja
Dama da noite - para encontros amorosos
Maçã - muito bom para saúde, alegria e amor
Campestre - estimula a intuição e atividades mentais
Canela - atrai justiça e sucesso
Gerânio - dá coragem para enfrentar momentos de mudanças
Ylang-Ylang - aumenta a auto-estima e o amor próprio
Olíbano - traz sensação de proteção e aconchego e limpa as vias respiratórias
Manjerona - acalma o coração agoniado
Bergamota - controla o apetite e combate a depressão
Lavanda - traz equilíbrio e diminui a ansiedade
Eucalipto - promove a limpeza das vias respiratórias
Menta - bom para usar nos ambientes para tirar cheiros
Citronela - essência de purificação ambiental
Âmbar - tônico sexual
Camélia - aumenta o amor e as paixões
Baunilha - estimula a sensualidade
Lavanda - aproxima os amantes
Verbena - alivia todos os tipos de conflitos
Cravo - renova as energias
Sândalo - eleva a espiritualidade
Limão - é tonificante
Pinho - aumenta a atração
Jacinto - aumenta a intuição

Aprenda como aplicar a Lei do Carma - Eunice Ferrari

É muito mais fácil atingir o sucesso quando temos consciência de algumas leis importantes para se chegar a ele. A compreensão da lei do carma é uma delas. O que é o carma afinal? Estou mesmo sujeito a ele, sem nenhuma escolha ou opção? Sim e não.
Carma é, na verdade, o resultado do conjunto de ações, sentimentos e pensamentos que praticamos diariamente, hoje e em nosso passado. Toda forma de ação, seja ela física, emocional ou mental, gera um quantum de energia que retorna para nós da mesma maneira.

Desde crianças sabemos através de nossos estudos de física que "toda ação produz uma reação igual e em sentido contrário", ou seja, tudo o que sair de nós, retornará a nós. Os Upanishads diz: "O que for a profundeza do teu ser, assim será o teu desejo. O que for o teu desejo, assim será a tua vontade. O que for a tua vontade, assim serão os teus atos. O que forem teus atos, assim será o teu destino". Isso é o carma: o resultado de nossas escolhas, sejam elas conscientes ou não.

Quanto mais conscientes somos de nossos pensamentos, emoções e atitudes, mais controle sobre nossas vidas e nossos destinos teremos. Portanto, o carma define nosso destino.

As reações que temos todos os minutos de nossas vidas são escolhas nossas, por mais inconscientes que forem. Por isso insisto no caminho da auto consciência como caminho de vida. Essa é nossa única arma, nossa única ferramenta para nos apropriarmos de nosso poder pessoal. Quando estiver diante de uma escolha, preste bastante atenção a ela. Pergunte-se qual o teor de benefício que essa escolha trará a você e às pessoas que ama. Sinta em seu coração, em suas emoções o caminho que deve escolher. Mas não se engane. Numa disputa entre consciente e inconsciente, o segundo ganha facilmente. Sinta em seu corpo a resposta. Ele dirá a você.

Deepak Chopra diz: "nada do que se deve ao Universo fica sem pagamento". Portanto, o que fazer com o carma que já criamos? Infelizmente, toda energia que for lançada no Universo continuará seu percurso independente de nossa vontade. Quanto ao carma passado, ele terá que ser cumprido. Você pode escolher simplesmente se submeter a ele, mas pode entender que existem algumas maneiras mais inteligentes do que apenas cumpri-lo. Você pode tentar compreende-lo: entender as mensagens que o Universo está enviando a você através do sofrimento/aprendizado.

Certamente, quando você encontra um sentido para as dificuldades e impotência de algumas situações vividas, tudo fica mais leve e mais fácil de ser enfrentado. Investigue no mais profundo de seu coração os motivos pelos quais está passando por certas experiências e o que de fato deve aprender com elas.

Quando você entende o significado, você planta uma semente e começa a compreender a lei do dharma, do destino pessoal, de sua verdadeira tarefa nesta existência terrena. Não tenha nenhuma dúvida que desta maneira a vida se torna mais interessante mesmo em meio às vicissitudes impostas. Você aprende a se utilizar do próprio carma para criar um novo carma, mas desta vez um carma positivo. Existe ainda outra maneira de lidar melhor e até limpar um carma negativo: a meditação. Meditar limpa o carma da mesma forma que limpamos um chão sujo. A cada mergulho dentro de nós saímos mais limpos e transformados. Mais conscientes, inteiros, integrados e limpos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Levantarse fortalecido!!!

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (6/6)

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (5/6)

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (4/6)

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (3/6)

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (2/6)

Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal (1/6)

A lenda pessoal - Paulo Coelho

...A lenda pessoal é aquilo que você sempre desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é sua lenda pessoal.
Nesta altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e não temos medo de sonhar e de desejar tudo aquilo que gostaríamos de fazer. Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
Esta força que parece ruim, na verdade está ensinando a você como realizar sua Lenda Pessoal.
Está preparando seu espírito e sua vontade, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja você quem for, quando quer com vontade alguma coisa, é porque este desejo nasceu na alma do Universo.
É sua missão na Terra.
(O Alquimista)

Paulo Coelho

Texto de Paulo Coelho - Desapego

Sempre é preciso saber
quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela
mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria
e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos,
fechando portas,
terminando capítulos,
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo
que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões
que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude
será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos,
virando a folha,
seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo
no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará:
não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados
ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem
noite e dia
uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam
e o melhor que fazemos
é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante
(por mais doloroso que seja!)
destruir recordações,
mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível
é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço
para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando
nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional
e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando
e nada mais.

Não há nada mais perigoso
que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego
que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas
em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo
é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,
jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época
em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio,
pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.

Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Paulo Coelho

Além do Segredo - Anexo 5

Além do Segredo - Anexo 4

Além do Segredo - Anexo 3

Além do Segredo - Anexo 2

Além do Segredo - Anexo 1

Mestre Tokuda - Alternativa Saúde - A origem do sofrimento

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O “PARADIGMA SER-FAZER-TER” - Neale Donald Walsch

O “Paradigma Ser-Fazer-Ter” é um modo de ver a vida. Não é mais nem menos do que isso. Mas essa maneira de ver a vida pode mudar sua vida e provavelmente mudará. Porque o que é verdade sobre esse paradigma é que a maioria das pessoas já o tem inconscientemente e quando elas finalmente o “pegam” sem hesitação e começam a olhá-lo de frente, tudo em suas vidas gira 180 graus.

A maioria das pessoas (eu sei que eu fiz) começa com a compreensão de que a vida funciona assim: Ter-Fazer-Ser. Isto é, quando EU TENHO a coisa certa, EU posso FAZER as coisas certas e, então, EU vou SER o que quero ser.

Quando EU TENHO boas notas EU posso FAZER a coisa chamada “me graduar” e EU posso SER a coisa chamada profissional – pode ser um exemplo. Aqui tem um outro. Quando EU TENHO bastante dinheiro EU posso FAZER a coisa chamada comprar uma casa e EU posso SER a coisa chamada seguro. Quer mais um? Aí vai: Quando EU TENHO bastante tempo EU posso FAZER a coisa chamada tirar umas férias e EU posso SER a coisa chamada descansado e relaxado.

Viu como funciona? Foi assim que meu pai, minha escola, minha sociedade me disseram que funcionava. A vida funciona desse jeito. O único problema era que EU NÃO estava conseguindo SER as coisas que eu pensava que seria depois de ter feito tudo que eu achava que deveria fazer e de ter todas as coisas que eu pensava que precisava ter. Ou, se eu conseguisse ser, só conseguia sê-lo por um curto período de tempo. Logo depois que eu conseguia ser “feliz” ou “seguro” ou “satisfeito”, ou qualquer coisa que fosse, eu me descobria outra vez INfeliz, INseguro e INsatisfeito!

Eu não parecia saber como “segurar a coisa”. Eu não sabia como fazê-la durar. Então sempre parecia como se eu tivesse feito tudo o que precisava por nada. Eu sentia como um esforço desperdiçado e comecei a me ressentir disso em minha vida.

Então eu tive a experiência de conversar com Deus e tudo mudou. Deus me disse que eu estava começando no lugar errado. O que eu precisava fazer era COMEÇAR onde eu pensava que ia CHEGAR.

Toda criação começa num lugar de SER, Deus disse, e eu tinha feito ao contrário. O truque da vida é não tentar chegar a ser “feliz” ou ser “seguro” ou o que quer que seja, mas começar SENDO feliz ou SENDO satisfeito e partir daí para viver a vida diária.

Mas como fazer isso se você não TEM o que você PRECISA TER para ser feliz etc.? Essa é a questão. A resposta é que vir DE um estado de ser em vez de tentar ir PARA um estado de ser praticamente assegura o “ter” final da equação.

Quando você vem DE um estado de ser, você não precisa ter nada para começar o processo. Você simplesmente escolhe, quase arbitrariamente, um estado de ser e então parte DO estado que você escolheu para tudo o que você pensa, diz e faz. Mas como você está pensando, dizendo e fazendo apenas o que uma pessoa que é feliz, satisfeita, ou o que quer que seja, pensa, diz e faz, aquilo que uma pessoa feliz ou satisfeita consegue TER vem para você automaticamente.

Vamos testar e ver se pode funcionar dessa maneira. Digamos que o que uma pessoa quer SER é uma coisa chamada “segura”. Se essa é a experiência desejada, o que podemos fazer é começar da casa do tabuleiro do jogo que diz EU SOU SEGURO. Começamos com essa idéia e esta é a idéia que vai operar por trás de tudo o que fizermos. Nos movemos para a parte SER-FAZER do paradigma.

Quando alguém faz aquilo que apenas uma pessoa segura faria, essa pessoa quase que automaticamente acaba tendo o que apenas as pessoas seguras poderiam ter. Faça o teste algum dia. É intrigante como funciona.

Agora, como você pode SER “seguro” se você não se sente assim? Como, se você não “tem” nenhuma das coisas que uma pessoa “segura” teria?

A resposta é... você decide que É “seguro” – independentemente que seja assim ou não. Então você FAZ o que uma pessoa “segura” faz. Você joga fora todos os outros comportamentos que não se harmonizem com isso. Logo, os únicos comportamentos que ficarão serão aqueles que produzem o resultado. Você parte DE um lugar da mente que cria uma substituição de atitudes e uma mudança da realidade.

Então, procure ver o que você quer SER na vida – isto é, que estado de ser você deseja experimentar. Pode ser mais de um. Mas teste apenas um de cada vez por enquanto. Escolha o estado de ser e se coloque nele. É simplesmente uma decisão, baseada em nada. É uma decisão feita de uma escolha. Pura escolha.

Depois, aja como uma pessoa que é aquilo agiria. Diga as coisas que uma pessoa que é aquilo diria. Faça apenas as coisas que uma pessoa que é aquilo faria. Você vai se assombrar como esse processo é efetivo em produzir o estado de Ter que corresponde ao que você escolheu ser.

Nuno Cobra no Alternativa Saúde