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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Segredo Teen

Oi,meu nome é Carolina sou filha da dona desse blog,Marla Bork!
Bem hoje se me permitem eu gostaria de falar sobre um livro que eu estou lendo chamado O segredo versão teen,um livro que fala sobre a lei da atração com uma linguagem fácil e prática para os adolescentes que desejam se interar de toda essa nova lei que surgiu e está se espalhando pelo mundo,na verdade que surgiu não,mas só agora que muitas pessoas tomaram o conhecimento delas.
Mas na verdade,eu gostaria de falar que se voces tiverem algum filho,um sobrinho ou algum parente que tenha por volta da minha idade (13 anos) comprem para eles,pois minha mãe le muitos livros mais que são complexos demais pra mim,mas eu gostei muito deste porque ele é mais fácil que o segredo original.
A lei da atração é simples tudo que voce pensa pode ser atraído para voce,mas por exemplo eu me perguntava se eu penso na minha cabeça vou tirar uma nota baixa e eu não quero este pensamento,como faço? Depende do seu estado de espírito se voce tiver num estado de espírito bom vai deixar que os bons pensamentos vencam os maus atraindo muitos pensamentos bons,estas e outras perguntas o livro responde de uma forma não tão cansativa e difícil.Espero que gostem,um abraço,Carol.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Mais luz em sua sombra

Mais luz em sua sombra

Encarar de frente o medo, o ciúme, a inveja e os talentos não desenvolvidos é uma atitude difícil, mas fundamental para quem quer trilhar caminhos mais humanos, baseados no amor e na verdade. Como disse um poeta, "A luz nasce da escuridão", e é nos lugares mais sombrios da alma que estão as chaves para viver em harmonia com todos a seu redor.
Luz e sombra, alegria e tristeza, amor e ódio, perdão e mágoa, saúde e doença, nascimento e morte são fios que se misturam no tecido da vida. A consciência de que não é possível viver só de prazeres não é uma idéia terrível, mas um convite para tirar proveito até mesmo da face mais dura da realidade. Dentro de cada um de nós, sem exceção, existe uma casa com portas bem trancadas, onde habitam nossos piores sentimentos - inveja, desconfiança, traição, ódio, cobiça, medo, amargura, ciúme, crueldade, desejos de vingança, expectativas frustradas e instintos destruidores. Então, temos duas opções: fugir da casa ou colocar luz nesses espaços escuros, em que também ficam guardados muitos tesouros, ou seja, talentos não desenvolvidos, qualidades que ainda não afloraram, sentimentos em potencial.
Não é fácil admitir que esse lado terrível exista: você é um ser humano normal, que carrega em sua personalidade qualidades e defeitos. Segundo o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), todas as faces escuras, ameaçadoras e indesejáveis da personalidade são chamadas de sombra: "Reconhecer e aceitar seu lado sombrio é o primeiro passo para ter equilíbrio emocional e melhorar a qualidade de todas as relações. A sombra faz parte de nosso inconsciente e, se não for encarada, dominará todas as ações, nos rouba a tranqüilidade para aceitar os ciclos da vida, nos tira a beleza, o ânimo e, o pior de tudo, a capacidade de amar, que é justamente o mais iluminado dos sentimentos", explica Isabel Telles, psicóloga do núcleo terapêutico Portão Azul, de São Paulo. Quem age dominado pelas sombras está sempre insatisfeito. Costuma ser um crítico implacável, tem o hábito de culpar os outros por suas próprias faltas e fica muito incomodado com as atitudes alheias sem motivo aparente: "Um bom jeito de identificar a sombra é perceber se você tem reações desproporcionais em determinadas circunstâncias. Por exemplo, uma exagerada irritação com crianças pode indicar que seu instinto maternal está bloqueado. Ou ainda que a inveja por alguém que expressa um talento pode ser o sinal de que você tem a mesma habilidade escondida em sua sombra querendo vir à luz", explica Tereza Kawall, psicóloga junguiana, de São Paulo. Esse jogo de luz e sombra, consciente e inconsciente é repleto de sutilezas: "Ninguém vai ao encontro da sombra porque quer, mas porque está muito incomodado com uma situação ou porque a vida obrigou a enxergar o que não quis ver. Momentos de separação, perda e estresse são propícios para que o pior de nós aflore sem controle. Quem nunca teve um chilique? Esses arroubos de emoção funcionam como um ultimato para que se mude de atitude, se reformulem valores e se aprimorem as relações. Às vezes, isso só acontece com a ajuda do terapeuta", diz Tereza.

Na rotina, o humor e a auto-aceitação ajudam a levar luz às trevas interiores: "Aceitar as próprias falhas exige coragem e humildade. Assim os relacionamentos podem ser mais harmoniosos e deixam de ser baseados em ilusões e expectativas", completa. Aliás, preste atenção nas pessoas que têm o poder de tirar você do sério. Com certeza elas estão convidando a encarar um de seus lados renegados. O próprio Jung costumava dizer que devemos ser gratos aos inimigos, pois a treva deles permite enxergar a nossa. "O meio mais eficaz para vislumbrar a nossa sombra é trabalhando nossas relações. Outras pessoas nos apontarão o que estamos fazendo a elas. Acatando essas objeções de coração, chegaremos a um reconhecimento de nossa sombra", ensina o psicólogo americano John Sanford, autor de Mal, o Lado Sombrio da Realidade (ed. Paulus). Estar de bem com seus monstros internos é uma forma infalível de proteção emocional e psíquica, pois assim você deixa de ser alvo da projeção das sombras de outras pessoas e interrompe círculos viciosos de inveja, vingança, descontrole: "Em vez de jogar a responsabilidade de sua infelicidade no outro - esposa, marido, filhos, colegas de trabalho - ou projetar nele sua ira, sua crítica, sua tristeza, tente assumir que o desconforto pertence a você. Assumir o próprio problema é o início de transformações positivas", diz a psicóloga Tereza. Por exemplo, se você fica nervoso antes de uma reunião e por isso espalha o mau humor por todos os cantos, tente respirar fundo, pense no que está realmente incomodando e tente achar uma válvula de escape que não prejudique os outros: "Sombras todos temos, mas não dá para suportar ser alvo da escuridão de outras pessoas", diz a psicóloga. E nesse caso não vale sair revidando. A solução é pacífica.

Amor e compaixão

"Estar na sombra de outra pessoa e não reagir não é falta de genialidade. É assim que se rompem os ciclos nefastos de vingança", cita o psicanalista americano Robert Johnson no livro Magia Interior (ed. Mercuryo). Ele lembra ainda uma frase de Gandhi (líder político pacifista indiano): "Se você seguir o antigo código de justiça do 'olho por olho e dente por dente', acabará tendo um mundo cego e desdentado". Lidar com a própria escuridão tem uma recompensa e tanto, segundo a psicóloga Isabel Telles: "Você descobre que a grande saída para tudo é o amor, a compaixão e o reconhecimento de que somos todos seres humanos com defeitos e qualidades".

Mais luz em sua rotina

Existem várias atitudes para facilitar o reconhecimento das sombras e impedir que elas apareçam de surpresa, prejudicando suas relações amorosas, profissionais e de amizade. As orientações são da psicóloga paulista Isabel Telles.

Faça um registro de suas sombras. Compre um caderno universitário. Em cada matéria, escreva o nome de um sentimento indesejável: inveja, medo, mágoa, ciúme, cobiça. Antes de deitar, faça uma retrospectiva do dia e anote nos respectivos lugares quando e por que teve contato com essas emoções. E ainda o que pode fazer para superá-las.
Quando alguém causar muita irritação ou repulsa, antes de revidar, respire fundo e perceba o que incomoda no comportamento do outro. Na maioria dos casos, essa pessoa está expressando algo que você não aceita em sua personalidade.
Todos os dias, faça uma auto-avaliação e perceba se conseguiu tomar atitudes que trazem luz para a vida, como perdoar, compartilhar, compreender, colocar-se no lugar do outro antes de julgá-lo, fazer críticas de forma amorosa.
Permita-se não ser impecável, pois todos os seres humanos erram. Brinque com suas falhas e, da próxima vez, tente agir melhor.
Para lidar com os medos, escreva-os - eles se tornam conscientes e você pode dominá-los com mais habilidade.
Não tome todas as reações dos outros como pessoais. Assim você deixa de ser alvo da projeção das sombras alheias e fica mais conectado com sua essência.
Quando sentir ciúme, raiva, inveja, desejo de vingança, em vez atacar o outro, escreva tudo que sente num pedaço de papel e queime. Isso dá alívio e domínio de seus atos.
Agradeça aos seus inimigos, eles podem estar mostrando o que você não enxerga em si mesmo.

sábado, 19 de junho de 2010

Hoponopono... sinto muito... eu te amo!

Dois anos atrás,escutei falar de um terapeuta no Havai que havia curado uma ala completa de pacientes insanos e criminais - sem ao menos ter visto nenhum deles.O psicólogo estudava o quadro do prisioneiro e então olhava para dentro de si mesmo para ver como ele havia criado a doença daquela pessoa. Na medida em que ele melhorava, o paciente melhorava.
Quando ouvi esta história pela primeira vez, pensei que fosse uma lenda urbana. Como alguém poderia curar outra pessoa curando-se a si mesmo? Como poderia até mesmo o melhor mestre em auto-desenvolvimento curar um criminoso insano? Não fazia o menor sentido. Não era lógico, então, esqueci a história.

No entanto, voltei a ouvi-la um ano depois. Escutei que o terapeuta usara um processo havaiano de cura chamado ho 'oponopono. Nunca tinha ouvido falar disso, mas não conseguia deixar sair da minha mente. Se a história fosse realmente verdadeira, eu precisava saber mais. Eu sempre entendera "responsabilidade total" como o fato de que eu sou responsável pelo que penso e faço. Além disso, está fora das minhas mãos.
Acho que a maioria das pessoas pensa em responsabilidade total dessa forma.
Somos responsáveis pelo que fazemos, não pelo que outra pessoa faz - mas isso está errado.

O terapeuta havaiano que curou aquelas pessoas mentalmente doentes me ensinaria uma nova e avançada perspectiva de responsabilidade total. Seu nome é Dr.Ihaleakala Hew Len. Nós ficamos uma hora falando em nosso primeiro telefonema. Pedi a ele que me contasse a história completa do seu trabalho como terapeuta.
Ele explicou que trabalhara no Hospital do Estado do Havai por quatro anos.
A ala na qual ficavam os criminosos insanos era perigosa. Psicólogos pediam demissão numa média mensal. A equipe adoecia ou simplesmente se demitia. As pessoas caminhavam pela ala com as costas na parede, com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar agradável para viver, trabalhar ou visitar.

Dr. Len me contou que nunca viu pacientes. Ele concordou em ter um escritório e revisar seus arquivos. Enquanto olhasse esses arquivos, ele trabalharia em si mesmo. Na medida em que trabalhava em si mesmo, os pacientes começaram a se curar."Depois de alguns meses, pacientes que precisavam ser algemados estavam sendo permitidos a andar livremente", ele me disse."Outros que precisavam ser pesadamente medicados, estavam sendo liberados de suas medicações. E aqueles que não tinham nenhuma chance de
serem liberados, estavam sendo soltos."

Eu estava pasmo. "Não apenas isso", Dr. Len continuou, "mas também a equipe começou a gostar de vir trabalhar. Absenteismo e rotatividade desapareceram. Terminamos com mais pessoal do que precisávamos porque os pacientes estavam sendo liberados e toda a equipe estava vindo trabalhar. Hoje, essa ala está fechada".

Aqui foi onde eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares: "O que você estava fazendo dentro de si mesmo que motivou essas pessoas a mudar?" "Eu estava simplesmente curando a parte de mim que os havia criado", ele disse. Eu não entendi. Dr. Len explicou que responsabilidade total por sua vida significa que tudo na sua vida -simplesmente porque está na sua vida - é sua responsabilidade.

Literalmente, o mundo inteiro é sua criação.
"Eu sei que isso é duro de engolir", ele disse. "Ser responsável pelo que eu digo ou faço é uma coisa. Ser responsável pelo que todos em minha vida dizem ou fazem é bem outra. No entanto, a verdade é esta: se você assume responsabilidade total por sua vida, então tudo o que você vê, ouve, prova,toca, ou qualquer outra experiência é sua responsabilidade porque está em sua vida. Isto significa que atividade terrorista, o presidente, a economia - ou qualquer coisa que você experiencia e não gosta - depende de você para ser curada. Nada disso existe, numa forma de dizer, exceto como projeções de dentro de você. O problema não está com eles, está com você e, para muda-los, você tem que mudar a si mesmo".

Esta idéia é difícil de ser entendida, simplesmente aceita ou realmente vivida. Culpar é de longe mais fácil do que responsabilidade total. Mas, enquanto falava com o Dr. Len, comecei a perceber que cura e ho 'oponopono significam amar a si mesmo. "Se você quer melhorar sua vida", ele me disse,"precisa curar sua vida. Se você quer curar alguém - mesmo um criminoso mentalmente doente - você faz isso curando a si mesmo".
Então eu perguntei ao Dr. Len como ele curou a si mesmo. O que ele estava fazendo exatamente enquanto examinava os arquivos daqueles pacientes?
"Eu apenas repetia, 'me desculpe' e 'eu amo você' muitas e muitas vezes" ele explicou.
"Só isso?"
"Só isso."

Demonstra-se que amar a si mesmo é a melhor maneira de melhorar a si mesmo e, à medida em que você melhora, você melhora o mundo. Deixe-me dar um rápido exemplo de como isso funciona.
Um dia alguém me enviou um e-mail que me chateou. No passado, eu teria lidado com isso trabalhando com meus quentes botões emocionais ou tentando racionalizar com a pessoa que mandou a mensagem desagradável. Dessa vez, decidi tentar o método do Dr. Len. Repeti silenciosamente "me desculpe" e "eu te amo". Não contei sobre isso a ninguém em particular.
Simplesmente invoquei o espírito do amor para curar dentro de mim o que estava criando a circunstância externa.
Dentro de uma hora recebi outro e-mail da mesma pessoa. Pedia desculpas pela mensagem anterior. Note que eu não tomei nenhuma atitude externa para receber esse pedido de desculpas. Nem mesmo escrevi de volta.
No entanto, dizendo "me desculpe" e "eu te amo" eu de alguma forma curei em mim o que estava criando sua atitude.
Tempos depois participei de um workshop de ho 'oponopono conduzido pelo Dr. Len. Ele agora tem 70 anos e é considerado um xamã avô, e está de alguma forma em reclusão.

Ele prefaciou meu livro "Fator de Atração" e me contou que, à medida em que eu melhorar, as vibrações do meu livro vão subir e todos vão sentir quando o lerem. E, na medida em que eu melhorar, meus leitores vão melhorar.
"O que acontece com os livros que já foram vendidos e estão lá fora?",
perguntei.
"Eles não estão lá fora", ele explicou, mais uma vez assoprando em minha mente sua sabedoria metafísica.
"Eles ainda estão em você".

Na prática, não existe lá fora. Precisaria um livro inteiro para explicar isso com a profundidade que merece. Suficiente é dizer que, quando você quiser melhorar alguma coisa em sua vida, há apenas um lugar para olhar: dentro de você. E quando o fizer, faça-o com amor.
Postado por Oriana Shakti

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Bolsa de mulher é como a mente...Cheia de coisas q já nao precisamos mais...Por isso adoramos uma bolsa nova...A sensacao do vazio nos traz tranquilidade...Pena q em menos de um segundo arrumamos mil desculpas pra encher ela de novo... Marla Bork

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Entrevista a Verónica de Andrés

El amor es una respuesta universal que lo impregna todo. Así lo considera Verónica de Andrés, educadora y coach que ha recorrido medio mundo dando conferencias. Ella misma considera que, ante cualquier situación, está la opción de creer que es una catástrofe o una oportunidad que brinda la vida para seguir creciendo. Todo depende de la interpretación que le demos a las cosas. Ésa es una de las claves

Verónica de Andrés, educadora, conferenciante internacional y autora especialista en crecimiento personal y motivación ha venido recientemente a España a presentar una película-documental en la que ha volcado gran parte de sus enseñanzas y experiencia para ofrecernos una auténtica lección de vida basada en la propia confianza de cada uno.

Pregunta: Por su profesión de coach, en los últimos 20 años se ha dedicado a estudiar y a investigar cuestiones tales como la motivación, la autoestima o la inteligencia emocional. ¿Qué ha descubierto al respecto?

Respuesta: Lo más importante que he descubierto es que el amor es la respuesta universal para superar el miedo. Y que, sin importar nuestras diferencias culturales, educativas o sociales, lo que todos los seres humanos necesitamos para atravesar retos, para aprender mejor, para resolver exitosamente nuestros conflictos es una gran dosis de amor. Sin amor, no hay confianza, y sin confianza no hay crecimiento alguno.

P: ¿Está la sociedad, en general, necesitada de este tipo de sentimientos y enseñanzas?

R: Yo creo que sí, en especial en tiempos de crisis, pues lo que los seres humanos necesitamos saber es que el amor y la confianza son innatos, por lo tanto, son sentimientos que pueden estar adormecidos bajo capas de miedo, pero pueden ser recuperados. Nacemos sólo con dos miedos: a las caídas y a los ruidos fuertes, son los dos únicos miedos innatos que están destinados a protegernos.

Todos los demás son adquiridos, por lo que pueden ser desaprendidos. Creo que lo que esta sociedad necesita recordar hoy es que dentro de nosotros mismos está la fuente del Poder el Amor, que es el motor más potente de los aprendizajes, los logros, la salud y la felicidad.

P: En una cultura como la nuestra, en la que se da bastante importancia a las cosas materiales y menos a las espirituales ¿cree usted que la inteligencia emocional puede proporcionarnos un puente hacia la felicidad?

R: Creo que la inteligencia emocional nos puede proporcionar claridad para que las emociones nos jueguen a favor y no en contra. En esta sociedad, donde vivimos apurados, con la prisa por llegar a algún lugar donde podamos encontrar la felicidad, aprender a utilizar la inteligencia de las emociones puede, literalmente, salvarnos la vida. Una emoción encapsulada puede enfermarnos, pero también una emoción que se adueña de nosotros puede complicarnos sobremanera. La inteligencia emocional (IE), en primer lugar, nos ayuda a ponernos en contacto con nuestras emociones (qué siento), nos enseña a escucharlas (a qué acción me invita esta emoción), nos permite regularlas (razonar con las emociones).

La IE nos permite también tener una valoración adecuada de nosotros mismos (conocer mis fortalezas y mis áreas de mejora). Este auto-conocimiento nos permite confiar más en nosotros mismos. Conocerse no es centrarse egoístamente en uno mismo. Todo lo contrario, cuanto tenemos esta auto-conciencia, podemos desarrollar la conciencia de los demás, que es la otra gran área de la Inteligencia Emocional. Dentro de las 18 competencias que forman el modelo del IE de Goleman se destaca la empatía, que nos permite reconocer las necesidades de los demás y accionar para dar una respuesta dentro de nuestras posibilidades. Esta actitud de servicio constituye la base de la felicidad que perdura, a diferencia de la felicidad transitoria (que proviene sólo de lo material). La felicidad trascendente es la que proviene de poner nuestros dones y talentos al servicio de algo más grande que nosotros mismos.

P: Ha realizado numerosos seminarios y conferencias en los cinco continentes y en universidades muy relevantes. ¿Qué pretende aportar a los demás en sus intervenciones?

R: Lo que más agradecen las personas que vienen a nuestros seminarios y cursos es que les damos las herramientas para aprender a atravesar el miedo, para animarse a llevar adelante sus sueños, para salir de su zona de comodidad y darse permiso para tener esa dosis de originalidad que es necesaria para emprender algo nuevo. Tal vez lo que más destacan nuestros alumnos es que los conocimientos que les damos les sirven para tener más confianza en sí mismos y vivir una vida más plena. Y que, casi sin darse cuenta, la transformación se traslada a las personas que los rodean.

P: Asimismo, ha estado en sus intervenciones junto a importantes personalidades. ¿Qué ha podido aprender de ellos?

R: La personalidad más influyente en mi vida profesional es Jack Canfield, uno de los maestros más importantes de la película «El Secreto». De Canfield la enseñanza más poderosa que aprendí es que el rechazo es un mito. Su libro «Sopa de Pollo para el Alma» fue rechazado por 130 editoriales. Cuando un pequeño editor lo publicó, rápidamente se transformó en un best seller, Fue traducido a 39 idiomas, ya lleva más de 10 millones de libros vendidos y está en el libro Guiness de record de ventas. Canfield afirma que el rechazo se hace efectivo sólo cuando nosotros mismos nos rechazamos, cuando nosotros mismos bajamos los brazos y nos damos por vencidos. Si mantenemos los ojos firmes en la meta, no hay rechazo.

Actitud de vida

P: ¿Considera que a través de la confianza se pueden conseguir muchas cosas a nivel personal?

R: ¡Claro! La confianza es lo que tenemos -o no- cuando las cosas salen mal, cuando el plan no funciona, cuando la barca se sacude en la tempestad. La confianza es un sentimiento y una actitud de vida: fundamentalmente es una elección que lo impregna todo. Frente a la dificultad, a nivel personal o profesional, siempre puedo elegir interpretar lo que sucede como un peligro o como un desafío. Puedo mirar lo que me sucede como una catástrofe, y transformarme en víctima, o puedo elegir mirarlo como una oportunidad para crecer y transformarme en protagonista. Pensemos en un caso extremo como el de Viktor Frankl, quien estuvo en un campo de concentración. En sus relatos cuenta que pudo observar personas que aún en las peores circunstancias elegían consolar a otros y compartir su único mendrugo de pan. Esto es prueba de que nos pueden despojar de todo, pero nunca nos podrán quitar la libertad de elegir nuestra interpretación frente a lo que nos sucede. Una persona que tiene confianza suele ser optimista, pues se sabe dueña de la interpretación que mejor le sirva para encontrar la solución frente a lo que le acontece. La confianza impacta todos los órdenes de la vida, desde nuestra capacidad para aprender hasta nuestras relaciones. Es el vínculo más importante entre las personas, tanto para la pareja, como para los miembros de una familia, de una empresa y de un país.

P: Y en este sentido, ¿qué les falta a la mayoría de las personas por aprender de sí mismos? Es decir, ¿qué capacidades interiores tendríamos que desarrollar más a fondo?

R: Básicamente, lo que nos falta es desaprender el miedo. Para hacerlo necesitamos aprender a confiar más en nosotros mismos, a escuchar nuestras emociones y a usarlas como consejeras sin que se apoderen de nosotros. Necesitamos también desarrollar la capacidad de observar nuestros pensamientos, aprender a desechar los que no nos sirven y estimular los que sí nos sirven. En síntesis, desarrollar la capacidad de observar -sin juzgar- nuestros resultados en la vida y aprender a plantearnos metas que estén en relación con nuestros dones y talentos y con el sentido que le queremos dar a nuestra existencia.

Necesidad de valoración

P: ¿Podría explicarnos a quiénes están dirigidos sus programas de capacitación y qué beneficios se consiguen con los mismos?

R: Nuestros programas de capacitación están dirigidos a padres, gente de empresas, profesionales, amas de casa, etc. En realidad, a todo tipo de público. En un mismo curso hemos tenido una alumna de 23 años y otra de 89. Un director de una empresa multinacional y una persona que está sin empleo. Esto es posible porque el mensaje que tenemos para transmitir es inherente a la condición humana. Cuando llegamos a ese nivel, los seres humanos nos hacemos las mismas preguntas, ¿qué puedo hacer para no sentirme solo? ¿Cómo puedo ser más optimista cuando todo sale mal? ¿Cómo puedo tener más confianza para hacer mis sueños realidad? Debajo de todas las corazas que nos separan, desde que nacemos hasta la hora final, los seres humanos necesitamos lo mismo: que nos quieran, que nos valoren, que nos reconozcan. Y precisamente esto es lo que enseñamos en nuestros seminarios. Les damos a las personas las herramientas para que eso que buscan lo encuentren dentro de sí mismos primero, y para que lo desarrollen con los demás luego.

P: Ha venido a España a presentarnos la película-documental "Confianza Total". ¿Cómo definiría esta creación y con qué objetivo se ha realizado?

R: La película-documental "Confianza Total" fue enteramente realizada utilizando el Poder del Amor, de lo contrario no hubiera sido posible realizarla. Fueron Lucas Palmero y Florencia Andrés (mi hija mayor y su marido) quienes comenzaron este sueño. Al ver los resultados extraordinarios de los cursos y seminarios que impartíamos, empezaron a pensar que éste era un mensaje que valía la pena difundir para que estuviera disponible para todo el mundo. Así, que ellos un día se preguntaron: ¿qué soñarías hoy si supieras que no vas a fracasar? Y la respuesta fue llevar el poder del amor y la confianza a cada rincón del mundo. ¡Menuda tarea! Dicen que a veces los sueños vienen en un tamaño muy grande para que podamos crecer en ellos. Para dar respuesta a esa sueño surgió la idea de hacer una película- documental que pudiera inspirar a las personas del mundo entero y animarlas a tener un sueño y vivirlo.

P: ¿Con qué sensación saldrán los espectadores después de verla y qué enseñanzas pueden extraer?

R: Con la sensación de que la vida es un milagro, un milagro de cada día para atesorar, para disfrutar, con la certeza de que la confianza está en nuestro interior y que, si no la tenemos, igual la podemos recuperar con la motivación para ponerse en contacto con un sueño que quieran hacer realidad y con la alegría de saber que la adversidad se puede, no sólo superar, sino que puede ser el motor para transformar algo malo en algo bueno, en algo grandioso. Con la convicción de que se puede, siempre se puede.

El Poder del Amor

P: ¿Por qué surgió la idea de recoger sus principales inquietudes en un vídeo? ¿Cree que así llegarán sus enseñanzas a un mayor número de personas?

R: Como explicaba anteriormente, la idea del DVD surgió como respuesta a la pregunta que nos formulamos: cómo hacer para que estas enseñanzas e historias de vida llegaran a todas las personas en un formato accesible y presentando el contenido de manera que no sólo instruyera sino que acompañara y estimulara. Entonces, la idea de hacer una película fue la mejor respuesta. Lo que no sabíamos era lo que íbamos a atravesar en el camino de la realización. Tuvimos que poner en práctica todas y cada una de las enseñanzas que impartimos. Y estamos felices, pues el nuevo paradigma dice que se aprende al hacer. Y el poder del amor, fue lo que nos sostuvo en los momentos de incertidumbre y nos permitió perseverar. La película, en sí misma, es un testimonio de que se puede, que con confianza y con amor todo es posible.

Ser positivos

P: ¿Por qué muchas personas –independientemente de su lugar de nacimiento, edad, raza o religión- pierden la confianza en sí mismas y caen en un "pozo sin fondo"?

R: Porque reciben muchos comentarios negativos acerca de sí mismos. La investigación ha demostrado que los niños de casi todas partes del mundo reciben a diario un promedio de 450 comentarios negativos y sólo 45 positivos y, en algunos casos, puede llegar a ser más grave. Entonces, esa confianza intrínseca con la que nacemos, que nos permite hacer –en los dos primeros años de vida– los mayores aprendizajes, comienza a resquebrajarse. El niño empieza a perder su confianza. Y comienza a internalizar, de una forma u otra, un mensaje que dice «No eres lo suficientemente bueno».

El niño que recibe comentarios despreciativos se desprecia a sí mismo, no se cree merecedor de amor ni se siente valioso. Comienza a acuñar una imagen de sí mismo muy pobre, y esto se traslada luego a todas las elecciones de su vida. Sin embargo, también me gustaría decir que los seres humanos somos mucho más que estímulo-respuesta.

Hay quienes habiendo tenido una infancia desgraciada, igualmente encuentran recursos para desarrollarse y llegar a ser resilientes y, al mismo tiempo, ser empáticos y compasivos consigo mismos y con los demás. Pero suelen ser las excepciones. Por eso, en nuestros seminarios y cursos advertimos a los padres, educadores y gente que tiene personal a cargo que las palabras tienen poder, que no se las lleva el viento y que pueden construir o destruir a una persona. Los que trabajamos con personas, los que educamos, tenemos una enorme responsabilidad sobre los demás, podemos plantar semillas de amor o de miedo en una persona, y según lo que plantemos, será lo que cosecharemos.

P: ¿Podría ofrecer algunas recomendaciones para mejorar la vida de los demás?

R: Lo más importante para mejorar la vida de los demás es ver lo bueno. Destacar lo bueno en los demás hará que eso florezca. Aquello en lo que nos centramos crece. Entonces si vemos lo bueno, eso se multiplicará.

El reconocimiento es una forma de sanar las heridas del otro, es un bálsamo a la despiadada voz de la autocrítica que desmorona tantos sueños y socava la confianza. Lo importante es que ese reconocimiento, ese ver lo bueno, sea auténtico, puntual y específico, y realizado lo antes posible. Ver lo bueno fue lo que me cambió la vida a mí cuando en la Escuela Primaria una maestra vio mi luz y me lo hizo saber. En forma de reconocimiento escrito, todos los días ella tomaba 5 minutos para destacar algo bueno en algún alumno. No lo hizo sólo conmigo, sino con todos. Pero a mí, literalmente, me cambió la vida. Por eso, en lugar de dar una larga lista de recomendaciones, me quedo sólo con esta: ¡vean lo bueno en los demás y háganselo saber!

terça-feira, 11 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Meditação é a maior ferramenta para a realização dos desejos" Deepak Chopra

Demi Moore, Madonna, Sharon Stone, George Harrison e Donna Karan possuem algo em comum, além do megaestrelado. Realizam uma busca diária do autoconhecimento. Para tanto, são assessorados pelo médico indiano Dr. Deepak Chopra. Radicado nos EUA, há 32 anos, Deepak reside em La Joia - Califórnia - onde fundou o Chopra Center for well being.

Não é à toa que as celebridades recrutam seu trabalho. Chopra lançou mais de 25 livros voltados para a área do autoconhecimento e ultrapassa a astronômica casa dos 10 milhões de livros vendidos, nos quatro cantos do planeta. O trabalho realizado para estas estrelas é centrado na meditação baseada em antigas tradições da Índia - veja uma de suas técnicas de meditação no final desta matéria - e na Magia da Cura: introdução aos princípios corpo e mente, baseado no antigo sistema de Cura Ayurveda (ayus - vida; veda-conhecimento).

O ponto de partida de toda esta metodologia, está sintetizado, de forma prática, em seus livros As Sete Leis Espirituais do Sucesso e Criando Prosperidade - E. Best Seller. Vya Estelar entrevistou Márcia de Lucca, única discípula brasileira formada por Deepak e diretora do CIYMA - Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda com sede em São Paulo.

Sobre a iniciada, o Dr Deepak enviou um e-mail com a seguinte avaliação: "Márcia de Lucca é o nosso elo com o Brasil. Ela tem feito parte da família Chopra há muito tempo. Nós devemos a Márcia muito, na medida em que ela tem trabalhado incessantemente para maximizar a divulgação do trabalho de Chopra no Brasil".

A relação de confiança não pára por aí. A entrevista subitamente é interrompida. Era uma ligação dos EUA, para Márcia atender uma solicitação de Chopra. Ir para Itália tratar de uma pessoa que no momento se encontrava doente e impossibilitada de ir até o Chopra Center.

Nesta entrevista Márcia fala como Deepak encara sua relação com as megaestrelas e mostra o caminho das pedras para a realização espontânea dos desejos. Aliás Deepak vem ao Brasil, no mës de outubro, para realizar palestras sobre este tema.

Vya Estelar - Como é a relação de Deepak com as celebridades?

Márcia De Lucca - Deepak oferece o mesmo tratamento que daria a qualquer outra pessoa que o procurasse. Considera estas pessoas "normais". O fato de serem notórias para ele não faz a menor diferença.

Vya Estelar - Deepak poderia ser considerado uma espécie de guru destas personalidades?

Márcia de Lucca - Ele não gosta de ser considerado um guru. Ele diz que o verdadeiro e único guru, que nós devemos seguir, é o guru existente dentro de nós. É a nossa voz interna. Devemos seguir a nossa intuição e não devemos colocar a nossa expectativa num guru, que ao mesmo tempo é um ser humano, pois todos nós temos qualidades e defeitos. Num determinado momento da vida, o defeito destas pessoas aparecem e aí você se decepciona. Deepak se considera um ser humano normal com defeitos e qualidades.

Vya Estelar - O trabalho que o Dr. Deepak faz com os famosos, segue as técnicas e metodologia utilizadas em seus livros?

Márcia De Lucca - Sim. Nos livros As Sete Leis Espirituais do Sucesso e no Criando Prosperidade não só está o trabalho desenvolvido com estas personalidades, como também uma tradução simples e direta da filosofia dos vedas - escrituras sagradas da Índia surgidas há cinco mil anos.

Vya Estelar - Por qual dos dois livros a pessoa deve tomar um primeiro contato sobre a metodologia de Deepak?

Márcia De Lucca - Embora ele tenha lançado as As Sete Leis posteriormente ao Criando Prosperidade, eu sugiro que comece pelas Sete Leis, pois o conteúdo é genérico. Serve para todos os aspectos de sua vida e o Criando Prosperidade e voltado específicamente para este tema. Para complementar, sugiro o Caminho do Mago que traz o mesmo conteúdo dos anteriores, porém numa linguagem mais profunda.

Vya Estelar - Qual é o caminho para se criar a abundância e a prosperidade?

Márcia de Lucca - Deepak acha que a abundância é inerente ao ser humano. Da mesma maneira que a natureza é abundante; o ser humano tem direito à abundância na vida dele. Nós conseguimos criar esta abundância através das nossas atitudes e das nossas experiências. A meditação além de ser um caminho para o autooconhecimento é a maior ferramenta para a realização dos desejos. É o portal para o seu contato com o universo. A abundância e a prosperidade não é nada mais além do que a energia do universo, que você utiliza em seu próprio benefício.

"A meditação é o grande segredo" Deepak Chopra

Vya Estelar - Qual é o segredo do sucesso?

Márcia de Lucca - Estando no silêncio o ser humano está em seu estado natural, modo como você estava na hora do seu nascimento. Com o burburinho da mente, o ego toma conta e o ser humano se afasta desta essência perfeita, o seu espírito. Mas quando você medita, aquietando gradativamente as ondas mentais, você entra em contato com o silêncio, retorna ao seu estado natural e começa a resgatar esta perfeição. A meditação traz de volta a sua potencialidade maior. Aí você passa a ter direito à abundância, à saúde perfeita e à prosperidade. No silêncio está o campo das infinitas possibilidades. A meditação é o grande segredo.

Vya Estelar - Como funciona este processo?

Márcia de Lucca - A meditação é a base do trabalho do Dr. Deepak. A única forma de você atingir o silêncio é habitando o vão, o espaço vazio entre dois pensamentos, denominado de gap (intervalo) pelo Dr. Deepak. Através do gap, você entra em contato com o silêncio. A perfeição começa a voltar para você. A memória começa a ser resgatada. As células de seu corpo começam a ser relembradas daquela memória de perfeição, existente no momento em que você nasceu, inerente ao seu Eu e ao Universo. Estas alterações vão se manisfestar não só no seu corpo físico, como também no seu cotidiano, propiciando a manifestação dos seus desejos.

Vya Estelar - Qual é a relação de meditação e destino?

Márcia de Lucca - O Dr Chopra nomeou isto de sincrodestino. A sincronicidade que a meditação gera faz com o que seu destino mude. Você começa a meditar. Aí a sua intuição começa a ser desenvolvida. Você pensa numa pessoa é aquela pessoa te liga. Você precisa de algo e aquela pessoa aparece e te dá aquilo que você estava precisando naquele momento.

Segundo os vedas, com a meditação, você pode alterar dois terços de seu carma


Vya Estelar - Para Deepak qual é o conceito de carma?

Márcia de Lucca - Para ele carma é simplesmente uma ação . E como qualquer ação gera uma reação, independente de ser boa ou má. Até o ato de tomar uma simples xícara de café está associado ao seu carma. O carma é uma ação. Cada ação gera nas células do seu corpo uma memória e esta memória gera novamente o desejo de tomar um café. Segundo os vedas, com a meditação você consegue alterar dois terços do carma. Meditar é como lavar a roupa suja num riacho que aos poucos vai se limpando.

Vya Estelar - O que é ser um mago?

Márcia de Lucca - Mago é a pessoa que conseguiu trazer muito deste campo da pura potencialidade para si. O estado natural que você estava na hora do seu nascimento. É uma pessoa que atingiu ou está perto de um estado de consciência pura e consciência plena.

Técnica de meditação do Dr. Deepak Chopra

Meditação baseada na técnica da respiração

A pessoa senta numa posição confortável. A coluna tem que estar ereta, com a boca e os olhos fechados. Nem é necessário estar na posição tradicional de yoga. Em seguida, a pessoa coloca a atenção na respiração. A pessoa começa a observar a respiração entrando e saindo pelas narinas. À medida em que você volta sua atenção para a respiração as ondas mentais vão se aquietando gradativamente. O ideal é fazer 20 minutos logo cedo ou 20 minutos no final da tarde ou antes do jantar. O Dr. Deepak deixa claro porém que qualquer tipo de meditação é valida. Uma pessoa por exemplo pensando num mantra sem pronunciá-lo também consegue adquirir este estado de silêncio.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gisele Bündchen falando de meditacao, Osho e Esther Hicks

"O mais importante da vida é ser tu mesmo", falou, mostrando que coloca a vida muito antes da carreira. Confira a entrevista na íntegra:

Acharam suas malas?
Hoje de manhã, graças a Deus. Amanhã vou embora mesmo, não ia adiantar nada, né? Aliás, às vezes me pergunto de que adianta viajar com malas, se eles sempre as perdem. Felizmente tenho a minha irmã e posso usar as roupas dela. Até as roupas chegarem, usei a mesma calça jeans que vim no avião e peguei dois vestidinhos dela.

Como é sua relação com aeroportos? Olha, para falar a verdade, não sou grande fã de aeroporto. Detesto. Mas todo trabalho tem um lado mais pleasant (prazeroso) e outro desagradável. Mas assumo: odeio viajar. Desde que virei modelo, passei a vida toda viajando. Indo, vindo, nunca estando nos lugares.

Recentemente, as tops Luciana Curtis e Marcelle Bittar assumiram que têm aflição de viajar de avião e que recorrem a calmantes para dormir nas viagens. Qual é o seu ritual?
Sempre levo meu próprio cobertor. Faço do avião minha casa. Levo óleo de Aromatherapy - de lavanda, peace and calming - e coloco no travesseiro do avião. As pessoas devem achar que sou maluca, faço minha casinha no avião. Normalmente, janto, leio, ouço meu iPod e durmo até o destino final.

E que outros rituais a Gisele tem, ao acordar, ao sair de casa, no dia-a-dia?
Cada vez tento dar mais espaço a minha vida de, digamos, lazer espiritual. Vivemos num mundo materialista e corremos tanto que é fácil nos esquecermos da gente, sabe? Tu faz, faz, faz e, quando vê, já está te perdendo de ti mesma. Quando acordo de manhã, a primeira coisa que faço é agradecer por estar bem, por estar aqui, viva. Mesmo que seja às cinco horas da manhã, na neve, fotografando pelada. Poderia acordar e dizer, "Pô, estou pelada, com frio, com cólica". Mas não. Agradeço pelo que sou, por trabalhar com o que gosto. E, com isso, apesar de fazer a mesma coisa, ao encará-la com outro astral, mudo a chavinha e fico melhor. Cada um tem a sua chavinha e pode fazer a escolha que quiser. Não importa o que aconteça, sei que tenho o poder de virar essa chavinha e transformá-la em algo positivo. Isso foi uma coisa que eu aprendi muito com a meditação. Quando você medita, sua mente fica muito mais calma, mais tranqüila, usa melhor o tempo. Gostaria de poder viver num estado de meditação. Mas, enquanto não chego lá, tenho meus 15 ou 20 minutos dedicados todo dia a esse momento meditativo. Ioga também é uma coisa que faço sempre que posso. Isso é superimportante para cuidar do corpo e da mente, para ficar sã nessa correria do dia-a-dia.

E você tem algum guru que te ajuda nisso?
Não, guru, não. Tenho uma professora de ioga que é maravilhosa, ensina hata-ioga, que é uma modalidade mais meditativa, que trabalha bastante com a respiração. Aliás, a ioga foi inventada para tu chegar num estado mais meditativo mesmo, mais próximo de abrir teus chakras. Mas ela não chega a ser um guru, é só uma professora. Agora, não sei. Leio muito. Adoro Osho. Já li vários livros dele, achei todos muito bons. Gosto muito também de Alan Kardec. Li o Livro dos espíritos e gostei muito. Estou lendo agora o Ask and it's given - Learning to manifest your desires, de Esther and Jerry Hicks, ainda sem tradução em português. Pega lá na minha bolsa para eu mostrar para ela (aponta para a irmã, Patrícia que está sentada no sofá em frente). Então, leio muito. Adoro ler. A literatura é um presente. O que tu tira dos livros, não está em lugar nenhum.

Você já fez análise?
Nunca fiz. Meus livros são a minha terapia. Cada vez que preciso de uma luz na minha vida, me aparece um livro. Uma amiga me dá, ou eu acho, passeando no aeroporto. E quando eu gosto da mensagem, olha só como é que eu faço (mostra o livro): sublinho as partes mais importantes, para reler sempre. Olha isso, olha (Gisele lê um trecho sublinhado): "O maior presente que você pode dar ao outro é a sua própria felicidade (...) que é verdadeiramente quem você é e quando você está no estado de conexão, qualquer coisa e qualquer um que você está desejando como objeto de atenção beneficia-se disso". Não é lindo isso? Me dá uma força tão grande, sabe? Acredito que a gente vem para cá para aprender e somos todos espíritos, energia. Esses livros que leio só reafirmam isso. Porque de vez em quando, tu vai viver a vida, vai ficando ocupada, louca e tua cabeça fica ocupada, né? E tu perde tua essência. Esses livros me dão uma direção. Uma força maior.

Podemos fazer uma foto sua lendo o livro?
Claro. (A irmã e a assessora de imprensa da Colcci sinalizam que o tempo está acabando). Eu falo muito mesmo.

Quem cuida do seu dinheiro? Como é a Gisele empresária?
Olha, a Gisele empresária tenta de verdade. A Gisele já cometeu muitas falhas nesse sentido e, hoje, quem cuida do dinheiro é o meu financial manager (gerente financeiro). Minha família nunca se envolveu com minha carreira, nem com o meu dinheiro. Sempre foi a minha família, sem misturar os canais. Sou eu e meu financial manager que cuidamos de tudo. A não ser minha irmã que agora, graças a Deus, é minha agente. Mas vou te dizer uma coisa, eu acho um absurdo o que a mídia e as pessoas inventam ao meu respeito. Se eu ganhasse o quanto dizem que eu ganho, já tinha parado de trabalhar. Não saio como dizem que saio, sabe? Leio, fico em casa, passeio com meus cachorros. Não sei por que inventam tanto sobre mim. Talvez seja justamente porque eu não dou pano pra manga que inventem tanto a meu respeito. Sou caseira.

Falando de invenções, é verdade que você passou o réveillon meditando, sem sair de casa?
É verdade, sim. Passei o réveillon quietinha com os amigos. Foi uma experiência legal, porque eu faço dias de silêncio, três ou quatro dias de silêncio absoluto, a cada seis meses.

Como assim? Você fica sem falar nada?
É, aprendi que posso. Eu falo sem parar e a primeira vez que eu fiz dia de silêncio, achei que não fosse conseguir. Mas vou te dizer que eu nunca estive tão em contato comigo. Quando tu fala, tua voz polui teus pensamentos, sabe? Fiz isso há uns meses e foi tão bom que no primeiro dia deste ano fiz isso de novo. Estava em Santa Catarina com amigos e ficamos totalmente em silêncio. Foi sensacional.

Os rumores sobre a síndrome do pânico também foram inventados?
Olha, vou te falar que eu nunca tive síndrome do pânico. O que eu tive que gerou tudo isso foi uma crise de ansiedade, voando para a Espanha, num avião pequenininho, para quatro passageiros, no meio de uma puta tempestade. Foi desesperador e, depois daquilo, passei uns dias com claustrofobia, sem poder ficar em lugar fechado. Fui procurar os médicos e - tu sabe como é nos Estados Unidos, né? - qualquer coisa eles querem te encher de remédio. Daí, pra tu ver como é o poder da mente - pensei "não vou me livrar de um problema para me entupir de remédios e ganhar outro problema". Daí foi que comecei a fazer Ioga novamente, com mais intensidade. Consegui entrar mais em contato comigo mesmo e me curei sem remédios.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entrevista com Deepak Chopra (Marie Claire)

A sabedoria do silêncio


Felicidade, saúde e possibilidades infinitas é o que promete Deepak Chopra, o médico indiano que virou guru nos Estados Unidos. Sua receita é tão fácil quanto fascinante: reserve alguns minutos do dia para ficar em silêncio. Começa aí a mudança de consciência que, segundo ele, pode mudar o mundo. Por Lúcia Cristina de Barros

Deepak Chopra cita Shakespeare e Walt Whitman, o poeta americano. Do primeiro fala que "somos a matéria da qual são feitos os sonhos"; do segundo lembra que "tudo que pertence a você pertence a mim". "Essas não são metáforas, é a realidade", diz. "Nós não somos nosso corpo físico. Esse corpo é o lugar que nossas memórias, sonhos e esperanças chamam de lar por enquanto. Esse corpo não é a matéria sólida que vemos, e sim um rio de informações, que tem em si partículas que já estiveram em outros corpos e no mundo inteiro."

Poesia e prática, filosofia e ciência misturam-se no discurso deste endocrinologista de formação e guru a contra-gosto. De camisa xadrez e calça marrom, chegando do almoço num restaurante no bairro do Itaim, em São Paulo, Chopra é um homem de 1,70 m de altura, com uma barriguinha incômoda para quem faz exercício todo dia e olhos muito escuros, muito vivos. Ele é também um fenômeno: já vendeu mais de 10 milhões de livros em 30 idiomas, e diversificou seu negócio para incluir CDs, vídeos, séries de TV, filmes. Suas idéias lhe rendem cerca de US$ 15 milhões por ano e uma legião de admiradores que vão de Madonna e Demi Moore a executivos de algumas das maiores empresas do mundo, sem falar de políticos e reis.

Estudando a consciência há 20 anos, Chopra, 52, tem uma mensagem tão fácil quanto fascinante: para ele a consciência é responsável pelo mundo físico e quem desperta a sua está no caminho da saúde perfeita e da abundância --tudo o que todo mundo quer. Por isso mesmo 2.500 pessoas lotaram dois teatros em São Paulo, no mês de junho, pagando R$ 200 por convite, para ouvir Chopra, que já tinha vindo ao Brasil há 12 anos, no lançamento de seu primeiro livro. Na primeira palestra ele falou sobre "As Sete Leis Espirituais do Sucesso", seu maior best-seller no país. Na segunda, falou sobre "Intuição na Liderança", definindo as características dos líderes do próximo milênio para centenas de executivos que esqueceram de desligar seus celulares mesmo quando mantras eram entoados. Cada noite rendeu ao autor cerca de US$ 25 mil.

Nascido em Nova Delhi, na India, Deepak Chopra mudou-se para os Estados Unidos nos anos 70, e lá tornou-se um médico bem-sucedido, professor universitário e chefe de equipe do Memorial Hospital de Nova York. A grande virada em sua vida começou nos anos 80, quando descobriu a meditação. Ele parou de fumar e beber, tornou-se discípulo do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi e representante nos Estados Unidos de uma empresa de divulgação e venda de produtos tradicionais (óleos, infusões e ervas) da medicina Ayurveda, a mais antiga do mundo, baseada no relacionamento entre ser humano e natureza.

Sua origem indiana, formação em medicina e sucesso profissional fizeram de Chopra o homem certo para criar uma ponte entre Oriente e Ocidente, divulgando não só a Ayurveda (ciência da vida), mas diversos ensinamentos dos "Vedas", antigas escrituras em sânscrito que datam de mais de cinco mil anos e reúnem a sabedoria indiana sobre todos os campos do conhecimento. O trabalho de Chopra é unir o que há de melhor nessa tradição aos conceitos mais avançados da ciência – tudo explicado em linguagem que faz sentido para o leitor contemporâneo.

Metade do tempo, este homem que não se define (não é autor, nem palestrante, nem mesmo Deepak –-já que, para ele, "definir-se é limitar-se") viaja pelo mundo, dando suas palestras. Não tem frescuras, seguranças ou assistentes. Pega o avião sozinho, desembarca no seu destino, faz o trabalho que tem que fazer --com uma atitude que mistura em doses iguais gentileza e determinação. Ele é simpático com seus admiradores, posa para fotos, autografa livros, abraça e beija novos conhecidos. Mas também deixa bem claro o que está disposto a fazer ou não.

A outra metade do tempo Chopra passa em La Jolla, um lugar maravilhoso na Califórnia, pertinho de San Diego, onde ele vive e dirige seu Center for Well Being (Centro para o Bem-Estar). É onde seus ensinamentos se materializam em cursos e tratamentos como yoga, meditação e desintoxicação (com técnicas que antigamente eram reservadas à realeza indiana). A idéia é cuidar ao mesmo tempo do espírito, da mente e do corpo.

Para quem torce o nariz para esse caldeirão borbulhante de idéias que prometem, no fim das contas, a milagrosa felicidade, Chopra diz apenas, com um sorriso: "Milagre é a palavra que usamos para designar o que ainda não entendemos. E os milagres de hoje são a ciência de amanhã."

Marie Claire - Tudo parece dar certo na sua vida. Quando o senhor exercia a medicina, era um importante endocrinologista. Quando decidiu começar a escrever, seus livros viraram best-sellers e hoje o senhor é uma das figuras mais importantes do que poderíamos chamar de "novo paradigma" na medicina, que é o reconhecimento da conexão mente-corpo. O senhor acha que essa trajetória era seu destino ou nós fazemos o nosso próprio destino?

Deepak Chopra - Acho que são as duas coisas. O que acontece é que uma série de situações, circunstâncias e eventos criaram as oportunidades certas para mim, como podem criar para você. Por outro lado, também coloquei minhas próprias intenções para fazer com que as coisas acontecessem. A verdade é que você está fazendo uma pergunta que os filósofos se fazem há milhares de anos: nós somos produto de um destino pré-determinado ou temos livre-arbítrio? A resposta é: as duas coisas. Quem não tem consciência vive num mundo pré-determinado. Quem tem consciência torna-se alguém que pode escolher e exerce esse poder. Entre esses extremos, então, de quem está totalmente inconsciente e de quem já atingiu a iluminação, há uma mistura de destino e livre-arbítrio atuando nas nossas vidas.

MC - O senhor num determinado momento mudou a sua vida: deixou a prática diária da medicina e se tornou um escritor e palestrante que roda o mundo e tem uma legião de seguidores. Como se deu esse processo?

Chopra - Eu mudei minha vida muitas vezes. A cada dois anos tomo um novo rumo, diferente daquele que eu vinha trilhando. Acredito que a chave para esse processo de mudança é querer deixar o passado para trás e estar confortável diante do desconhecido, do incerto. Caso contrário, podemos fingir que somos livres, mas de fato não somos. Estaremos apenas respondendo às circunstâncias de forma reflexiva. Em geral o que acontece é que as pessoas escolhem uma direção na vida e pronto: é isso. Elas definem quem são e definir-se é limitar-se. Eu nunca tentei me definir: sou um médico, ou sou um escritor, ou sou um palestrante. Esse tipo de categorização não importa. Quando você não se define, pode ser qualquer coisa: você entra no campo das possibilidades infinitas.

MC - Seu trabalho poderia ser incluído na área da auto-ajuda, que vem crescendo muito e é um espaço fértil para charlatães. Como separar o joio do trigo?

Chopra - Não sei se eu diria que desenvolvo um trabalho de auto-ajuda. Talvez você possa chamar assim. Mas eu prefiro os termos auto-realização, transformação, potencial humano. Bem, é verdade que há muitos charlatães trabalhando nessa área, assim como em todas as áreas. A gente tende a imaginar que todo mundo é sério, por exemplo, na medicina. Mas há muitos médicos picaretas, cientistas picaretas. Pessoas desonestas existem em qualquer lugar, em qualquer profissão. Não devemos presumir que na área dos estudos da consciência há mais gente desonesta do que nos meios científicos, ou em administração, ou o que for. Cabe às pessoas fazer escolhas informadas. Se eu digo que um determinado tratamento com ervas medicinais é bom para você, você pode entrar na internet e fazer uma pesquisa sobre o que são aquelas ervas, que estudos existem a respeito de sua eficácia, quais as suas indicações. Assim você pode decidir por sua conta se estou dizendo a verdade ou não. Quando afirmo que a meditação funciona e que há centenas de estudos científicos que provam que sua prática regular traz uma série de benefícios para as pessoas, você pode checar o que eu digo, não precisa simplesmente acreditar em mim. Aliás, não precisa e nem deve simplesmente acreditar em qualquer coisa que seja dita. O consumidor informado, educado, consciente sabe que hoje é possível obter dados sobre absolutamente qualquer assunto. Se você se der ao trabalho de buscar informações, vai encontrá-las. Então quem tem interesse em meditação, técnicas avançadas dessa prática, espiritualidade, deve ir atrás de informações, checar essas informações e fazer escolhas informadas.

MC - Seu nome está cada vez num maior número de produtos. O senhor não tem medo que essa expansão dos seus negócios acabe por transformá-lo numa espécie de fast-food da espiritualidade? Como o senhor mantém controle sobre tudo o que está sendo produzido e que leva a sua marca?

Chopra - A maioria dos produtos que hoje levam o meu nome são livros, fitas de vídeo, cassetes e CDs. Há poucos produtos de ervas e algumas outras coisas. Nesse exato momento minha organização está passando por uma transformação. Estou abrindo mão de todos os demais produtos para me concentrar em escrever meus livros, fazer meus vídeos e gravar meus cassetes e CDs. O resto vou entregar nas mãos de instituições reconhecidas, para que tomem conta de tudo. Ao mesmo tempo, fundei uma organização não lucrativa para poder canalizar os lucros da venda desses produtos para pesquisas e educação. Há sempre uma percepção de que quando alguém se torna popular, e hoje eu sou popular, todo o trabalho daquela pessoa é puramente moda, é aquilo que você está chamando de fast-food. Só que no meu caso não é. Meu trabalho é autêntico e não posso fazer nada se cada vez mais pessoas percebem isso e gostam disso.

MC - Uma crítica comum ao seu trabalho é que o senhor pega a sabedoria milenar indiana e transforma em pílulas para o consumo rápido do Ocidente.

Chopra - Na verdade, o que faço é interpretar de forma contemporânea o antigo conhecimento indiano. Porque se você for até a fonte, ou seja, se resolver estudar as antigas escrituras indianas, vai descobrir que há muita superstição, muita bobagem, muita porcaria ali, infelizmente. Assim, é preciso ser seletivo. Só porque alguma coisa é antiga, não quer dizer que seja boa. Muita gente faz essa confusão: acha que tudo que é antigo é sábio. Essa postura presume que nossos ancestrais sabiam mais do que nós sabemos hoje, e isso é falso. Nós temos a vantagem de saber o que eles sabiam e muito mais, graças ao que pudemos aprender através da ciência e da tecnologia. O que faço é, primeiramente, ser seletivo em relação à antiga sabedoria. Eu não tenho uma fé cega na milenar sabedoria indiana. Também não tenho uma fé cega num glorioso passado indiano, nem nas escrituras védicas, nem na espiritualidade do povo indiano. Muito disso tudo é exagerado, especialmente pelos próprios indianos – que são, aliás, um dos povos mais superficiais do mundo. Os indianos posam de grandes espiritualistas quando são materialistas ferrenhos, preocupados sobretudo em copiar o Ocidente.

MC - Então por que essa fama de que eles são tão espiritualizados?

Chopra - Nós tendemos a avaliar uma civilização ou uma cultura por seus luminares. Se pensamos na Grécia Antiga, por exemplo, o que nos vem à mente é Pitágoras, Sócrates, Aristóteles, Platão… Pensamos: ‘Uau! Que grande civilização!’ Mas, na verdade, os gregos naquela época eram na sua maioria bárbaros: sexistas, escravagistas, jogavam as pessoas com defeitos físicos aos leões. Essa era a Grécia. O mesmo é verdade da antiga civilização indiana. Há alguns poucos luminares, como o poeta Rabindranath Tagore ou Mahatma Gandhi. Você olha para os grandes homens e diz: puxa, a India era uma maravilha. Mas nem tudo na India era uma maravilha. Não vamos fingir que tudo que existia na India poderia ser aprovado sem reservas. É preciso ser seletivo. Antigo e eterno são conceitos diferentes. Algumas coisas antigas podem servir ou não para os dias de hoje. Já o que é eterno é válido sempre, a qualquer tempo. Meu trabalho é selecionar o que é eterno e explicar de forma lógica. Se eu não puder explicar de forma científica, lógica, eu não incorporo ao meu trabalho.

MC - A saúde perfeita é possível?

Chopra - Eu acredito que a saúde perfeita é o estado natural de todos os seres humanos.

MC - Mas do que a gente morreria se nunca adoecesse?

Chopra - A gente morreria, provavelmente, de tédio. (rindo)

MC - Mas e se a gente estivesse se divertindo?

Chopra – Aí, provavelmente, viveríamos por muito, muito tempo. Esta é uma questão absolutamente fascinante. Se olharmos para um grupo de pessoas idosas, digamos com mais de 100 anos, algumas delas terão artrite, mas nem todas; algumas terão doenças coronárias; mas nem todas; outras terão câncer, mas nem todas. O que você coloca, portanto, é que quando as pessoas envelhecem elas têm mais chances de apresentar doenças. Mas o fato de que algumas pessoas idosas adoecem e outras não significa que, apesar de certas doenças serem mais comuns entre os idosos, elas não são obrigatórias. Este é um insight interessante, que outras pessoas já notaram: envelhecer não significa que você tem que, necessariamente, adoecer. Mas aí vem o problema: do que nós morreríamos? Bem, com os conhecimentos científicos disponíveis hoje, acredita-se que o ser humano tem um relógio biológico com um limite que estaria, atualmente, por volta de 120, 121 anos. A teoria é que, basicamente, quando o relógio atinge essa idade a pessoa morre. Se isso é verdade ou não, ainda precisa ser verificado. Pessoalmente, acredito que viver para sempre acabaria por nos condenar ao tédio e à senilidade eternos. Quando nós percebemos de verdade quem somos, queremos sempre ter uma experiência nova de vida. Se eu compro um Jaguar hoje, posso achar que é um belo carro, mas daqui a alguns anos vou querer uma Ferrari, e depois vai ser qualquer outra coisa. O ser humano é assim: se cansa das coisas.

MC - Por falar nisso, é verdade que o senhor coleciona carros de luxo?

Chopra - Não. Fiz isso há vinte anos. Eu tinha uma coleção de Jaguares, que fui dando ao longo do tempo. Hoje em dia não dirijo, caminho. Não tenho sequer a carteira de motorista. Onde eu vivo, em La Jolla, na Califórnia, não é preciso dirigir para se locomer. A maior parte do tempo eu ando. E quando estou viajando, alguém dirige para mim, ou tomo um ônibus, ou um trem. Não estou mais preocupado com esse tipo de coisa.

MC - Voltando à questão da saúde. Quando o senhor fica doente, a que tipo de tratamento recorre?

Chopra - Eu nunca fiquei doente.

MC - Como assim? Desde quando?

Chopra - Desde que eu me lembre.

MC - O senhor está brincando. Nem um resfriado?

Chopra - Nem um resfriado, não que eu me lembre. Ninguém na minha família fica doente. Esse é um conceito estranho para nós. Meus filhos nunca tiveram nenhum problema de saúde. Acho que é porque somos uma família saudável. Meu pai está com 80 anos e ainda trabalha diariamente, atendendo seus pacientes. Ele é cardiologista e trabalha 12 horas por dia, não pára nunca. Quer dizer, hoje, claro, ele também acha tempo para meditar e medita todos os dias, graças a mim. Mas somos uma família de fato interessante, ninguém adoece. Meu avô, aliás, morreu de contentamento. Ele tinha um grande orgulho das conquistas do meu pai, que tinha se formado cardiologista. Um dia ele recebeu um telegrama avisando que meu pai tinha se tornado membro do Royal College of Physicians, na Inglaterra. Ele ficou tão feliz que acabou morrendo. Foi mesmo uma morte por alegria.

MC - O senhor às vezes fica estressado? Tem alguma coisa que o deixa estressado?

Chopra - Não, eu não fico estressado. Às vezes eu fico bravo, e claro que você poderia dar a esse sentimento outros nomes, se quisesse. Mas o fato é que quando me aborreço demonstro minha raiva por cinco minutos e pronto, acabou. E é muito difícil que eu fique realmente chateado. As coisas simplesmente não me incomodam.

MC - E antigamente, o que tinha a capacidade de estressá-lo?

Chopra - Receber críticas. Mas não mais. Aliás, outra coisa: o tráfego de São Paulo. Mas agora nem esse trânsito que vocês têm aqui me incomoda mais. De verdade.

MC - E qualquer pessoa pode chegar a essa tranquilidade e enfrentar o trânsito de São Paulo sem estresse?

Chopra - Sim, qualquer pessoa. O que acontece é que depois de algum tempo a gente percebe que está fazendo tempestade em copo d’água. Tudo é levado tão a sério, tudo vira um drama, uma novela. A vida não precisa ser assim. Depende de como você encara.

MC - Quais suas melhores qualidades?

Chopra - Eu sou divertido. Meus dois filhos podem confirmar isso. Nós nos divertimos muito juntos. Também acho que escrevo bem e sou um bom orador, um comunicador competente.

MC - O que o senhor costuma fazer com seus filhos para se divertir?

Chopra - Nós escalamos montanhas, mergulhamos, pulamos de pára-quedas... Adoramos esportes e praticamos em qualquer lugar do mundo. Podemos fazer mergulho no Caribe, esquiar na Europa, escalar uma montanha na Califórnia. O importante é que gostamos muito de atividades ao ar livre e sempre que estamos juntos fazemos alguma coisa assim.

MC - E isso acontece com frequência? Parece que o senhor passa a maior parte do tempo viajando.

Chopra - Eu diria que passo metade do meu tempo viajando. E minha intenção é parar com as viagens em dois anos. Mas isso ainda está no futuro, vamos ver o que acontece. Mesmo viajando bastante, porém, tenho tempo para minha família. Muitas vezes eles viajam comigo, se estou indo a algum lugar interessante. Se vou a Detroit, eles não vão junto. Mas se vou ao Havaí, aí vai a família toda.

MC - O senhor pode falar um pouco sobre sua família? O que fazem os seus filhos?

Chopra - Meu filho, Gautama ou Gotham, tem 24 anos, é escritor de ficção e também assina quadrinhos. Ele acaba de terminar uma série de quadrinhos de grande sucesso, "Bullet Proof Monk" (Monge à Prova de Balas), que mistura artes marciais e espiritualidade e será transformada em filme. Ele também apresenta um programa de TV especial, sobre espiritualidade, que é assistido diariamente por 10 milhões de crianças. Ele é um cara muito popular. Quando terminou a faculdade, no ano passado, se mudou para Los Angeles e agora está preparando dois romances. Minha filha, Mallika, tem 26 anos e está fazendo mestrado em Chicago. Ela estuda entretenimento e espiritualidade e pretende pegar meu trabalho e transformá-lo em algo mais acessível para um público mais jovem. Meus dois filhos meditam desde os 4 anos de idade.

MC - Mas no seu livro "As Sete Leis Espirituais para os Pais" o senhor não recomenda que as crianças só sejam introduzidas na prática da meditação a partir dos 6 ou 7 anos?

Chopra - Mas eu quebrei as regras. (rindo)

MC - Ok, o senhor pode. Bom, e sobre sua mulher?

Chopra - Minha mulher e eu somos casados há… meu Deus, faz tanto tempo… Quanto tempo? Ah, 28 anos. Nós temos uma relação maravilhosa porque é baseada na mais completa aceitação e confiança. Eu aceito e confio na minha mulher 1000% e ela me aceita e confia em mim. Por isso é uma relação muito bonita. Nós crescemos juntos ao longo de todos esses anos. Ela ajuda no Chopra Center for Well-Being tomando conta da decoração e escolhendo as obras de arte, que são muitas. Sempre que viajo fico prestando atenção em quadros, esculturas, qualquer coisa que eu ache que a Rita possa gostar. Ela coleciona arte – não necessariamente de artistas famosos, mas qualquer obra que a emocione.

MC - Há alguma coisa que o senhor gostaria de mudar na sua personalidade -- ou já mudou tudo o que queria?

Chopra - Já mudei o que me incomodava. Eu era muito intolerante, e não só com relação a críticas. Eu era intolerante com as pessoas em geral, com a demora de as pessoas entenderem as coisas. Era muito impaciente. Mas, ao longo dos últimos anos, alterei essas qualidades.

MC - Como é um dia típico na sua vida?

Chopra - Num dia típico eu levanto às quatro da manhã, medito por cerca de uma hora e meia a duas horas, e então vou fazer ginástica. Eu construí uma academia em casa e tenho um treinador que vem às 6h. Faço aula de tudo que você possa imaginar: bicicleta, yoga, boxe. O treinamento vai até as 7h30. Mesmo quando viajo não deixo de fazer exercícios. Hoje mesmo usei a academia do hotel. Depois, sento para escrever por duas horas, até as 9h30. O resto do dia faço o que as pessoas me mandam fazer. (risos) Até as 9h30 é meu tempo sagrado. Depois das 9h30 é o tempo de todo mundo, de quem quiser o meu tempo. Às 16h dou uma parada novamente.

MC - Nas suas palestras e nos seus livros o senhor cita muita poesia. Ler poesia é um hobby seu? E o senhor também escreve poemas?

Chopra - Eu escrevo poesia e já publiquei dois livros: um de poemas meus e outro com traduções originais de Rumi [poeta místico do Islã do século XIII]. Também coloquei música nos poemas dele e convidei algumas grandes vozes para declamá-los num CD: gente como Madonna, Demi Moore e outros grandes artistas e filósofos. Esse CD está fazendo um enorme sucesso, aliás. Estou preparando uma nova tradução, desta vez sobre os sentidos da morte na poesia de Rabindranath Tagore [poeta e filósofo indiano, ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1913]. Além de poemas, escrevo romances. Já escrevi três histórias, sendo que uma delas, "The Lords of the Night" (Os Senhores da Noite), acabou de sair nos Estados Unidos, foi publicada na semana passada. É um romance baseado na Cabala, o tema é a religião. Conta a história de um falso profeta que aparece em Jerusalém mas que, na verdade, é o diabo. Então ele tem que ser mandado de volta para o inferno. Esse livro vai virar filme.

MC - O senhor é religioso?

Chopra - Não. Acredito que Deus nos deu a Verdade e aí veio o Diabo e disse: vamos organizar essa sabedoria, e é a isso que chamamos religião. Se você analisa as religiões, o que está em jogo é sempre poder, controle, dogma, ideologia, julgamento, punição. Deus é sempre um pai disfuncional em todas as religiões. A relação dos fiéis com o Deus das religiões é aquela de uma criança com um pai disfuncional, em vez de um pai amoroso. Mas Deus é puro amor.

MC - Alguns de seus últimos livros parecem apenas reciclar o que o senhor já havia dito em obras anteriores. O senhor ainda tem tempo para estudar?

Chopra - Eu estudo muito e sempre. A cada três meses, por exemplo, tiro uma semana para ficar em silêncio. Nesse período não tenho contato com ninguém. Meus assistentes acham o lugar certo, que pode ser em qualquer parte do mundo, desde que atenda a esse requisito de ser totalmente isolado. Já estive numa floresta na Costa Rica, no deserto da Califórnia, nos canyons em Utah. Meu próximo retiro será na Louisiania, quando este tour acabar. Fico lá sem relógio, telefone, fax, celular, nenhum contato humano. Alguém me deixa lá e volta para me buscar em seis ou sete dias. Um tempo de estudo, reflexão e silêncio.

MC - Um dos seus livros cita que o luxo seria a condição natural do ser humano…

Chopra - O luxo, não. A abundância. Não sei como está a tradução, mas o conceito é abundância. Essas são coisas diferentes. Eu acredito que a abundância é o estado natural do ser humano, é um estado de consciência em que você não se preocupa com nada.

MC - Como assim? O universo provê?

Chopra - Claro, mas o universo é você.

MC - Mas então você tem que ir lá e fazer as coisas acontecerem, e vai acabar se preocupando. Dá na mesma.

Chopra - O que você tem que fazer é perceber qual a fonte das coisas, de onde elas vêm. As pessoas me perguntam: de onde vai vir o dinheiro no fim do mês? Eu respondo: onde ele está no momento. O que é o dinheiro? Nós podemos simplesmente imprimir papel colorido e usá-lo como dinheiro? Não. Então de onde vem o dinheiro? Um amigo meu que trabalha com a Internet fez US$ 1,4 bilhão em um dia. Eu perguntei a ele: de onde vem todo esse dinheiro? Vem da consciência. O dinheiro é um símbolo, só isso. O dinheiro é um símbolo daquilo que consideramos útil e valioso – em outras palavras, é energia. Se a sociedade diz: bom, nós queremos ver filmes pornográficos, tem dinheiro nesse negócio. Porque é isso o que a sociedade está considerando que tem valor. Ou a sociedade diz: queremos fumar. Pronto: tem dinheiro aí. O dinheiro é uma forma de simbolizar o que a sociedade valoriza.

MC - E isso muda ao longo do tempo.

Chopra - Com certeza. E para saber onde está o dinheiro é muito interessante olhar para o passado, ver quais as fontes históricas de riqueza. Quando éramos caçadores e colhedores, o que não faz assim tanto tempo, tínhamos duas reações possíveis frente aos animais: lutar ou fugir. Diante dessa realidade, a origem da riqueza era qualquer coisa que pudesse matar, qualquer instrumento que facilitasse a caça: como o arco, a flecha e a lança. Muitos de nós ainda hoje somos caçadores, e para esses a fonte de riqueza são as armas. Depois, quando nos tornamos uma sociedade agrícola, o que passou a ter valor foram os produtos agrícolas e também os animais, porque você precisava ter vacas, galinhas, porcos. Os bichos eram parte daquele universo, assim como a terra. Já na era industrial, a fonte de riqueza eram as máquinas. Mas de que são feitas as máquinas? De aço, ferro, cobre. Então os recursos naturais passaram a ter valor. Agora estamos além desse modelo, numa sociedade pós-industrial. Qual a origem da riqueza hoje? Informação. Os países mais ricos do mundo são aqueles que produzem chips de silicone, que não são mais do que poeira com a capacidade de armazenar informação. Nesse exato momento estamos passando da era da informação para a era da consciência e a fonte de riquezas será a inteligência. Portanto, quem quiser ganhar dinheiro daqui para a frente deve parar de produzir cigarros e pornografia e começar a vender sabedoria. É melhor começar a pensar em riqueza como sinônimo de consciência. A idéia é que se você é capaz de dar, se é capaz de alimentar relacionamentos, isso alimenta seu diálogo interno, sua consciência. E fica claro que os relacionamentos são a coisa mais importante.

MC - O senhor é feliz?

Chopra - Sou um homem feliz, sim, mas não totalmente realizado. Uma parte de mim permanece em busca e espero que isso não mude nunca. Caso contrário vou morrer de tédio, como dizíamos antes.

MC - O que importa na sua vida hoje?

Chopra - Paz, harmonia, riso e amor. Esses não são conceitos abstratos, são realidade.

MC - E quais os seus próximos objetivos?

Chopra - No momento, estou trabalhando para estabelecer duas instituições não-lucrativas que serão centros de ensino da consciência para quem não pode pagar por esse conhecimento. Sei que muitas pessoas gostariam de fazer os cursos que oferemos no Centro em La Jolla, por exemplo, mas acham caro, elas têm que usar o dinheiro para pagar o aluguel. A idéia é levantar fundos com quem tem para financiar os estudos de quem não poderia pagar de outra maneira. Acredito que há duas formas de caridade: numa, você dá dinheiro para ajudar aqueles que não têm; em outra, você cria condições para que as pessoas se tornem independentes. A única caridade válida é aquela que faz com que as pessoas não voltem a precisar de caridade no futuro. É por isso que quero estabelecer instituições que ensinem às pessoas os princípios do auto-conhecimento, da criatividade e da intuição. Esse é o meu objetivo pelos próximos dois anos e tenho trabalhado muito por isso. Uma instituição será nos Estados Unidos e a outra na Europa, numa ilha grega.

MC - Por que uma ilha grega?

Chopra - Porque estive lá, comentei que era um lugar maravilhoso e me disseram que se eu quisesse criar lá uma instituição educacional, eu receberia a terra de graça. Então foi assim que tudo isso começou. E eu dedico a esse projeto o meu tempo, a minha energia, condições e dinheiro para que essa idéia se torne realidade. Além disso, tenho mais livros a caminho, alguns filmes, uma série de documentários em mitologia. Há muita coisa muito legal por vir.

MC - O senhor fala muito no conceito de "dharma", que poderíamos explicar como o caminho natural de cada pessoa, aquele que traz mais felicidade e crescimento. Como descobrir nosso dharma?

Chopra - Perguntando a si mesmo: se eu tivesse todo o tempo do mundo e todo o dinheiro do mundo, o que eu faria? Esse é o seu dharma, e uma vez que você o encontra, uma vez que você se coloca no seu caminho, nada pode detê-lo.

MC - E até para ajudar nessa descoberta do dharma, qual sua recomendação para as pessoas que estão em busca de mais felicidade?

Chopra - Ache tempo para explorar-se a si próprio. Torne-se inocente, brincalhão, sinta-se confortável diante do desconhecido.

MC - Mas como se faz isso?

Chopra - É simples. Em inglês nós dizemos: "take it easy". Relaxe, pegue leve. Para que tanta excitação, nervosismo, ansiedade? Para que tanto barulho?

MC - Sim, e como conseguimos essa atitude? Você simplesmente resolve que daqui para frente não vai fazer tanto barulho por nada?

Chopra - Exatamente. Você resolve e muda sua atitude. É assim. Claro, existem técnicas que ajudam nesse processo. Mas se você não estiver pronto para a técnica, não vai dominá-la. Basicamente são técnicas que libertam o ser humano. A meditação é uma delas.

O mundo de Chopra

- Medicina: "Não temos um corpo e uma mente, mas um ‘corpomente’, uma teia de inteligência sem costuras que expressa cada fagulha de intuição, cada alteração na configuração dos aminoácidos, cada vibração dos elétrons. Nosso corpo não é uma máquina porque é inteligente. Acho que essa é a descoberta mais importante da medicina no século 20." (Conexão Saúde)

- Saúde: "Sua saúde é a soma de todos os impulsos, positivos e negativos, que emanam de sua consciência. Você é aquilo que pensa." (Conexão Saúde)

- Cura: "Temos uma farmácia dentro de nós, extremamente requintada. Ela fabrica o remédio adequado, na hora certa, para o órgão preciso – sem efeitos colaterais." (O Caminho da Cura)

- Alimentação: "O vegetarianismo é a opção mais saudável. Se sua dieta incluir pequenas quantidades de ovos, frango e peixe você terá os mesmos benefícios que os vegetarianos rígidos. O corpo humano se mantém mais saudável quando a ingestão de gordura e proteína animal é pequena ou nula." (Conexão Saúde)

- Ritmo: "Os indivíduos realmente saudáveis e bem-sucedidos são aqueles que aprenderam cedo a ter uma boa noite de sono, a tirar uma parte do dia para descansar, a comer em paz, a levantar com o sol e ir para a cama cedo. O universo é nosso verdadeiro relógio." (Conexão Saúde)

- Realidade: "A realidade é construída na mente. Sem nossa percepção, pensamentos e experiências a realidade não tem valor. A forma, o tamanho, a aparência ou qualquer outro atributo de qualquer objeto são qualidades puramente subjetivas. Nós criamos a realidade." (Conexão Saúde)

- Oração: "Uma oração é um pedido feito por uma pequena parte de Deus a uma parte grande de Deus." (O Caminho para o Amor)

- Guerras: "As guerras são a manifestação de um tipo de perturbação na consciência coletiva chamado estresse. Se não concordássemos com as guerras, elas não existiriam. Tudo o que achamos horrível se transformou em realidade com a nossa concordância." (Conexão Saúde)

- Sucesso: "Quanto mais sintonizados estivermos, mais desfrutaremos da abundância do universo, que foi organizado para satisfazer nossos desejos e aspirações. Só sofremos e nos debatemos quando estamos num estado de desconexão. A intenção divina é que cada ser humano desfrute de sucesso ilimitado. Por conseguinte, o sucesso é natural." (As Sete Leis Espirituais para os Pais)

- Meditação: "Através da meditação podemos retirar a consciência do caos interno e externo (…) e transportá-la para o estado de tranquilidade e silêncio característicos da alma e do espírito. Com prática e dedicação, é possível alcançar o imenso conhecimento e desvendar as verdades definitivas da natureza." (Conexão Saúde)

- Vida: "A vida humana é o campo de todas as possibilidades. Todo homem traz dentro de si o embrião de Deus. E ele tem apenas um desejo. Quer nascer." (Conexão Saúde)

- Eu: "Você não precisa fazer nada para encontrar o Eu – você precisa parar de fazer alguma coisa." (O Caminho da Cura)

- Desapego: "O amor mais puro situa-se onde é menos esperado – no desapego." (O Caminho do Mago)



CHOPRA E O AMOR

"A maioria de nós sai à procura do amor levado por duas forças psicológicas poderosas; a fantasia do romance ideal e um medo de que não o encontremos e nunca sejamos amados. Esses dois impulsos são auto-sabotadores, embora de maneiras diferentes. Se você levar consigo uma fantasia idealizada de como deveria ser o amor, vai perder a coisa real quando ela cruzar o seu caminho. O amor real começa com interações cotidianas que possuem a semente da promessa, não com o êxtase total."

"Quando você se apaixona, se apaixona por um espelho de suas necessidades mais atuais."

"Você descobre o caminho não pensando, sentindo ou fazendo, mas se entregando."

"O medo do compromisso reflete a crença de que o espírito é inalcançável. Desse modo, não há esperança de alcançar o amor."

"A união sexual imita a criação divina. O que você expressa através de sua paixão é o amor de Deus por Deus."

"A energia nascida do amor é criativa – renova tudo que toca."

"Qualquer desejo de crescer está seguindo o fluxo do amor."

"O amor é o início da jornada, o seu fim e a própria jornada."

"Os mestres espirituais nos dizem que o estado de iluminação – que é totalmente livre, extático e ilimitado -- é vislumbrado de perto no orgasmo; pelo menos, é este o seu potencial."

"Por que o sexo é tão poderoso? Porque estamos constantemente buscando o estado do êxtase original."

Passagens extraídas do livro "O Caminho Para O Amor"

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Luz Branca e o Processo de Limpeza Interior

O cristalino é a própria luz. Contém e reflete todas as cores e por isso encerra infinitas possibilidades de cura. Esta cor nos dá a capacidade de defrontarmos o problema quer queiramos ou não. Por outro lado, demonstra a nossa disposição de encarar os mesmos e não de escondê-los. Para ilustrar o que para mim seria o processo terapêutico do cristalino (branco transparente) contarei uma história.

Imaginemos um sótão escuro e abandonado. A partir do momento em que se resolve visitá-lo muitas situações podem ocorrer. Primeiramente, para que possamos ver o que está lá dentro, temos que acender a LUZ. Uma vez que isso tenha ocorrido, que a luz tenha penetrado neste aposento, o cenário poderá ser bastante incômodo, desagradável, e até mesmo tenhamos vontade de fugir de lá. Podemos constatar muita sujeira, teias de aranha, pequenos animais peçonhentos habitando ali e odores desagradáveis. Pode ser que tenhamos impressão de que jamais poderemos arrumar aquele sótão, pois de tão imundo que está não sabemos por onde começar.

Mas uma vez que tenhamos decidido positivamente nos damos conta de que este processo envolve várias etapas como: a retirada do pó, dos objetos que não mais queremos ou precisamos, de termos coragem de matar aqueles animaizinhos que foram criados ali, embora tenhamos medo... E depois desta limpeza, começamos então a fazer a reforma.

Resolvemos que aquele aposento, esquecido no fundo da casa, não será mais um depósito de bugigangas. Decidimos transformá-lo em um cômodo útil, por exemplo, um escritório. Pintamos as paredes de cores mais vivas, colocamos poucos móveis e objetos que nos serão úteis, e cuidamos para que o aposento esteja sempre iluminado e, principalmente, limpo. Depois desta mudança, verificamos que o resultado foi muito satisfatório e, apesar do trabalho que tivemos, a reforma era realmente necessária.

Creio que este processo de limpeza é análogo ao processo do cristalino quando é escolhido em um desafio. O sótão escuro e abandonado poderá ser comparado ao nosso subconsciente cheio de programações e condicionamentos devido ao acúmulo de experiências desde a mais tenra infância, nem sempre emocionalmente agradáveis. Também pode ser o nosso próprio corpo como depósito destas experiências passadas, precisando de uma limpeza, uma desintoxicação completa.

Pelo fato de não lembrarmos destas experiências e de não termos consciência de nossos condicionamentos, bloqueios vão se formando em todos nos níveis, isto é, no emocional, mental e até mesmo no físico, que se manifestam sob a forma de doenças e desequilíbrios.

A decisão de fazermos uma auto-análise profunda nem sempre é fácil, - pois nem sempre temos consciência de nossa escuridão e estagnação interior - e, obviamente, envolve muitos medos tanto pelo fato de não sabermos por onde começar, quanto por não sabermos o que viremos a descobrir, e de como este processo de autodescoberta se desenvolverá.

Mas uma vez que comecemos a jogar a luz da consciência sobre estes problemas constatamos aos poucos as razões destes bloqueios: fatos passados que esquecemos, ou que achamos que tínhamos superado, ou que fizemos questão de esquecer, e que nos bloquearam emocionalmente condicionando nossos comportamentos autodestrutivos e autosabotadores. Fatos e experiências desagradáveis à nossa alma, mas que ao invés de jogarmos fora preferimos reter. É o que podemos chamar de mágoas passadas, para resumir.

O processo de limpeza em si não é muito simples e muitas das vezes pode ampliar o problema e com isso a própria dor, e podemos ter vontade de desistir. Mas se seguimos em frente, pouco a pouco, temos a possibilidade de fazer uma mudança profunda e com isso de darmos espaço para o nascimento de um novo ser livre das "bugigangas" e objetos inúteis e obsoletos do passado que são nosso "lixo" emocional. No final, estaremos mais conscientes de nossas limitações e necessidades e, portanto, teremos mais ferramentas para que a cura se realize em todos os níveis.

Com a luz do cristalino, temos a oportunidade de nos sentirmos mais leves, mais "coloridos", mais vivos e completos; de nos olharmos no espelho e reconhecermos nossa verdadeira essência refletida, e não apenas uma projeção daquilo que gostaríamos de ser. Ele traz a clareza necessária para que encontremos a raiz do problema e que este seja eliminado para que possamos expressar o nosso ser em sua totalidade. Enfim, dentro do cristalino temos uma infinidade de possibilidades! E uma vez que tenhamos operado uma reforma profunda dentro de nosso ser renascemos com mais luz e com a capacidade de vibrarmos positivamente todas as energias das cores (que são as qualidades de nossa alma) de forma fluente e harmoniosa.

O cristalino é como um espelho onde podemos enxergar nossa essência refletida, mas também pode ser comparado a um mar de lágrimas quando guardamos a dor e a mágoa ao invés de tentarmos superá-las e nos desapegarmos delas. Enquanto não as enxugamos não podemos enxergar o ser arco-íris que somos e que é pura Luz cristalina (!).

Paz e Luz

Texto revisado por: Cris




por Daniele Alvim - contato@danielealvim.com.br

A energia das cores

A energia das cores

Para dar vida à casa, nada melhor do que se valer do uso das cores. Confira como elas podem influenciar na harmonia do lar, no seu dia-a-dia e até no humor.


Por: Redação Clube Vida Moderna

A maneira como decoramos um ambiente é reflexo de nossa personalidade e humor. É nas mudanças em nosso lar que expressamos um pouco de nossos sentimentos. E elas são sempre bem-vindas, principalmente as que podemos escolher e prepará-las com nossas próprias mãos.

O mais importante é que o resultado torne o ambiente acolhedor e com boas energias.

Um lugar para chamar de seu

A cor é fundamental para manter o equilíbrio da casa. Cada uma delas provoca reações diferentes. Elas são divididas em cores quentes (amarela, laranja, vermelha) e frias (azul, verde, violeta), umas mais leves, outras mais pesadas, calmantes e excitantes, transmitindo sensação de alívio ou de opressão. Por isso, cuidado com a sua escolha. Tudo dependerá da iluminação e do tamanho da casa.

Uma boa dica é partir de uma cor base e, por aí, descobrir tons semelhantes e texturas que combinem com os objetos, móveis e cortinas.

As cores e os significados

São três as cores conhecidas como primárias: vermelha, azul e amarela. No geral são mais ricas e intensas. Já as secundárias, laranja, verde e violeta, são mais ambíguas e tênues.
As cores vivas animam os ambientes tristes e sóbrios. As escuras equilibram o ambiente mais iluminado.

Vermelha

É uma cor intensa, cheia de emoções. Sugere motivação, entusiasmo. É a cor da paixão, da sensualidade e dos impulsos. Cultiva a intimidade, por isso é excelente para quartos de casal. Por ser quente, é ideal para lugares como sala de estar, sala de TV, e até sala de jantar. Não é recomendado em banheiros, lavabos e cozinha, pois pode causar desequilíbrio. Nos quartos, pode ser mesclada com objetos de outras tonalidades neutras.

Laranja

Laranja é uma cor recheada de significados, tanto em culturas orientais como ocidentais. Flores de laranjeira simbolizam fertilidade. É expressiva e afirmativa. E ainda transmite bênçãos da vida: saúde, vitalidade, criatividade, alegria, confiança, coragem e atitudes positivas. É a cor das pessoas que crêem que tudo é possível. Utilizada junto ao azul gera força.

Ela segue as recomendações da vermelha com restrição ao uso nos quartos.

Amarela

Cor que se assemelha ao Sol e, portanto, tem poder. Amarelo é a cor da esperança, jovialidade e alegria. É compreensiva e inspiradora. Essa cor favorece a capacidade de decisão. É utilizada em áreas de acesso, salas sociais e quartos de estudo. Recomendada para climas frios, pois gera calor. Evitar em quartos e banheiros.

Verde

A verde nos aproxima da natureza. Há crenças de que ela ajuda a curar. Essa cor transmite energia, equilíbrio, generosidade e cooperação. Atenua as emoções, facilita o raciocínio correto e amplia a consciência e compreensão. Transmite segurança e proteção. Ideal para ambientes propícios a tomada de decisões. A cor verde pode ser utilizada em qualquer ambiente. Em banheiros é aconselhável detalhes como toalhas, tapetes e acessórios.

Azul

A azul é inspiradora. Lembra o céu, o mar, as coisas belas da natureza. Transmite paz, confiança, admiração. É uma cor tranqüilizante. Estimula pensamentos claros. É a única cor que tem o poder de desintegrar energias negativas. A azul deve ser usada em ambientes que visem descanso e tranqüilidade, como salas de meditação e quartos. Não deve ser usada em salas de TV, de estar e jantar, pois essa cor não facilita a interação e comunicação entre as pessoas.

Violeta

É o resultado da mistura entre azul e vermelho. Proporciona tons vibrantes e tons suaves também. É a cor símbolo da nobreza. Reflete dignidade e respeito próprio. A violeta representa mistério, expressa individualidade e personalidade. Estimula a espiritualidade e a meditação. Possui grande influência nas emoções e humor. Não se aconselha usar violeta no ambiente inteiro. Em excesso, pode trazer depressão e ansiedade. Tons azulados dessa cor são ideais para meditação.


Branca e neutras

Tonalidades vindas da cor branca e de cores neutras são elegantes. É o elemento chave para uma composição de cores. Ficam bem com qualquer cor. A branca transmite reflexão total e pode ser usada com liberdade em qualquer cômodo. É purificadora, mas deve-se tomar cuidado, pois um ambiente totalmente branco transmite tédio. As neutras criam ambientes sofisticados e aconchegantes. Objetos decorativos ganham destaque.


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